Foto: Diário da Notícia | Assembleia da APLB-Muritiba |
Os professores da rede municipal de ensino da
cidade de Muritiba, no recôncavo baiano, se reuniram em um espaço de eventos
para fazerem um balanço sobre a paralisação de 72 horas que se encerrou nesta
quinta (09).
Em esclarecimento aos professores, a direção da APLB
informou que o prefeito não os procurou em nenhum momento durante a paralisação
e que durante os 20 meses de negociação, o prefeito e a secretária de educação foram
procurados muitas vezes, mas, os professores não foram correspondidos; além da
falta de documentos que comprove a impossibilidade da prefeitura de pagar o
piso nacional aos professores com retroativo.
Outros pontos levantados foram
referentes à falta do diário de frequência, que desde o início do ano não
chegou aos professores, assim como também a falta do fardamento dos alunos, que até o
momento não chegou e isto traz um problema muito sério, tanto para a segurança
do corpo escolar, quanto à discrepância que se implanta diante das vestimentas
diferenciadas dos alunos e isso leva a uma desigualdade, pois fica exposta a
classe social do discente, constrangendo os menos favorecidos.
Em entrevista ao Diário da Notícia, o diretor da
APLB, Paulo Sérgio Leal, questionado sobre o Conselho Municipal de Educação
(CME), disse que tinham dois representantes que estavam empossados, que deveriam
estar prestando contas, cumprindo com os seus papéis, mas, não estão
executando. Segundo Paulo, o Conselho não foi eleito pela classe, porque a lei
reza que os representantes devem ser escolhidos pelos professores e isso foi
comprovado hoje em uma ata enviada para a APLB. Durante a leitura desta ata em
plenária, ficou comprovada que a mesma é falsa, pois, uma professora citada se
levantou e contestou que a assinatura presente na ata não é dela, segundo a
mesma nunca fez parte de nenhum conselho e muito menos participou da assembleia
do CME. A única participação dela foi em 2009, em outra direção da APLB e foi
para a implantação do núcleo em Muritiba. Paulo ainda disse que, “no documento
enviado dá para perceber que foi suprimido, existem partes que estão
ilegíveis.” Eles vão levar o caso à justiça, porque além de ser um crime de
falsidade ideológica, a professora citada em ata ficou muito nervosa, muito
preocupada e a categoria quer uma resposta para saber por que coisas deste tipo
estão acontecendo.
Ao finalizar, Paulo disse que no
próximo dia 03/11 a categoria vai fazer uma nova assembleia e se até lá o
prefeito não fizer nenhuma proposta, os professores vão entrar em greve por
tempo indeterminado.
Diário da Notícia