O
vereador suspeito de atirar e matar um bebê em Amargosa, a cerca de 200 km de
Salvador, no dia 16 de julho, pediu afastamento da Câmara de Vereadores de
Cachoeira, onde exerce mandato. A revolta popular causada pelo crime completa 15
dias nesta quinta-feira (31). Ao G1, a Presidência da Câmara informou que a
solicitação foi protocolada no 22 de julho pelo vereador e vai até o mesmo dia
do mês seguinte. Além de parlamentar, Carlos Raimundo de Jesus Cardoso também é
policial civil. Ele trabalhava em Amargosa e foi transferido para Santo Amaro.
No dia 24 de julho, a corregedora-chefe da Polícia Civil da Bahia, Heloísa
Brito, chegou a informar que ele tinha ido para o município de Castro Alves,
mas ela retificou a informação nesta quinta-feira (31). A morte gerou revolta entre
os moradores, que resultou em 30 motos, 18 carros e um ônibus incendiados, além da delegacia da cidade, que teve os 14 presos custodiados na unidade soltos. O Coordenador
do Departamento de Polícia do Interior (Depin), Moisés Damasceno,
informou nesta quinta-feira que 11 deles já foram recapturados. A
delegacia está em reforma e os trabalhos da Polícia Civil são realizados
em um prédio alugado na cidade. Carlos Raimundo de Jesus Cardoso, em
depoimento na Corregedoria da Polícia Civil, negou ter atirado na
criança. Apenas a perícia vai poder constatar a origem do disparo. Até
esta quinta-feira, a Polícia Civil não tinha recebido o resultado da
perícia realizada na arma do policial. O PM que estava com Cardoso no
dia da morte da criança também foi ouvido pela delegada Andreia Cardoso.
Os dois foram liberados após prestarem depoimento.
Fonte: Voz da Bahia