As 40 famílias que vivem no Território Quilombola Salamina Putumuju, em
Maragogipe, no Recôncavo Baiano, receberam no sábado (2) documentação de
posse da Fazenda Salamina. A incorporação da área remanescente é
resultado de processo de desapropriação que teve investimentos de R$ 2,6
milhões, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra).
Com a terceira área desapropriada, de 1,4 mil hectare de terra, já foi
incorporado 1,7 mil hectare, o equivalente a 84% do terreno do Salamina
Putumuju, que totaliza 2.061 hectares. Mais quatro imóveis estão em
processo de desapropriação e deverão completar o território a ser
regularizado.
A comunidade quilombola foi formada pelos escravos, às margens do Rio
Paraguaçu, durante o período das lavouras de cana-de-açúcar no século
XVI. Os cerca de 150 moradores vivem da agricultura, com cultivo de
mandioca, milho e feijão e também se dedicam à pesca.
“Hoje é um dia muito simbólico, numa área muito disputada e finalmente
prevaleceu o interesse dos quilombolas, dos mais simples, com o apoio
dos governos Estadual e Federal”, disse o governador Jaques Wagner.
Fonte: Correio.
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