Foto: Reprodução |
A
proposta que fechou a compra, pelo valor de US$ 8,5 milhões (R$ 19 milhões), do
jato que caiu em Santos, no litoral de São Paulo, no dia 13 de agosto, matando
o ex-governador de Pernambuco e até então candidato à presidência pelo PSB,
Eduardo Campos, e outras seis pessoas, não cita nome nem informação sobre quem
adquiriu a aeronave, além de não ter sido registrada em cartório, de acordo com
informações da Folha de S. Paulo.
Obtido
pelo jornal, o documento tem apenas uma assinatura ao lado do local e data da
compra (Recife, 15 de maio de 2014).
João Lyra
de Mello Filho, empresário pernambucano que foi apresentado pelo antigo dono do
jato como o comprador, não quis comentar se a assinatura era sua, após ter
recebido uma cópia do documento.
O
empresário é dono de uma financeira em Recife, já foi multado por lavagem de
dinheiro e não tem capacidade financeira para assumir uma dívida de US$ 8,5
milhões, de acordo com a Cessna, fabricante do jato.
No
contrato, o comprador se dispõe a pagar “todos os custos operacionais diretos e
fixos da aeronave”. De acordo com policiais ouvidos pelo jornal, a ausência de
nomes no documento é um indício de que a compra da aeronave pode ter sido
realizada com dinheiro de caixa dois de empresários ou do partido.
Alexandre
e Fabrício Andrade, vendedores de jato, são donos do grupo A. F. Andrade, com
sede em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. A companhia está em
recuperação judicial, com uma dívida de R$ 341 milhões.
Fonte: Terra