Fotos: Ag. Haack/ Bahia Notícias |
Na
batalha de troca de acusações sobre o envolvimento do governo do estado e o
Instituto Brasil, o nome de Dalva Sele Paiva aparece como um passado comum
entre dois candidatos ao Palácio de Ondina, Lídice da Mata (PSB) e Paulo Souto
(DEM), mas ela, contudo, afirma ter também relações próximas com o postulante
do PT, Rui Costa. A presidente da ONG Instituto Brasil, apontada como um dos
elos do esquema de desvio recursos públicos para a campanha do PT a partir de
2008, não circulou apenas entre lugares badalados e festa de promoters.
Dalva começou a carreira pública como chefe de gabinete de um órgão
equivalente à Superintendência de Conservação de Obras Públicas na gestão da
ex-prefeita Lídice da Mata – trabalhava com a titular do órgão Maria
Del Carmen (PT), hoje deputada estadual. Desligou-se administração municipal em
19 de novembro de 1996. Até 2005, no entanto, nenhuma menção pública. Partiu do
PT a acusação que vinculou a dirigente da ONG ao ex-governador Paulo Souto.
Segundo os petistas – que encaminharam à imprensa cópias de comprovantes de
pagamento -, o então chefe do Executivo do PFL (hoje DEM) foi quem trouxe o
Instituto Brasil para o âmbito estadual. E, com ele, Dalva Sele Paiva. Apesar
da reclamação e da ausência de negação de Souto sobre contratos com o
instituto, foi já na administração de Jaques Wagner que a ONG tornou-se alvo de
investigação. Em 2009, a oposição denunciou o convênio
entre o Instituto Brasil e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano
(Sedur). Um ano depois, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) iniciou as
investigações que culminaram com o bloqueio de bens de Dalva e outros
envolvidos. Ela, todavia, falou agora pela primeira vez sobre o suposto esquema
de financiamento do PT baiano e citou, nominalmente, Rui Costa, hoje candidato
ao governo, e também outros petistas, como Zezéu Ribeiro (hoje conselheiro do
Tribunal de Contas do Estado), Nelson Pelegrino, Afonso Florence, Jorge Solla,
José Vicente Lima Neto e Clóvis Caribé. Os três candidatos ao governo, todavia,
negam qualquer envolvimento com Dalva. E os demais citados pela presidente da
ONG também.
Fonte:
Bahia Notícias