Baiano Ricardo Pessoa, acionista majoritário da empresa | Foto: Reprodução |
A
baiana UTC Engenharia foi confirmada como uma das sócias da GFD, acusada de
remeter dinheiro ao exterior pelo doleiro Alberto Yousseff, pelo advogado
Carlos Alberto Pereira da Costa, apontado como ‘laranja’ do doleiro na Operação
Lava Jato.
Nas
eleições 2014, o grupo já doou R$ 2,4 milhões, de acordo com a 2ª parcial da
prestação de contas, para as campanhas de Rui Costa (PT) – R$ 1,5 milhão -,
Otto Alencar (PSD) – R$ 300 mil -, Jutahy Magalhães (PSDB) – R$ 50 mil -,
Bebeto Galvão (PSB) – R$ 50 mil -, Adolfo Viana (PSDB) – R$ 50 mil -, Fábio
Souto (DEM) – R$ 100 mil - e Mário Negromonte Jr. (PP) – R$ 100 mil.
De
acordo com reportagem do Valor Econômico, a própria UTC remeteu uma nota
confirmando a sociedade no empreendimento Dual Medical & Business, em Lauro
de Freitas. "Trata-se de uma Sociedade em Conta de Participação. Não há
nada de oculto nessa sociedade. A UTC também é cotista, ao lado de outros 14
participantes, dentre os quais a GFD, do Web Hotel Salvador”, afirmou a empresa
do baiano Ricardo Pessoa, que detém 56,52% das ações do grupo. Além de citada
pelo ‘laranja’ do doleiro, a UTC Engenharia apareceu ainda no depoimento do
ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, como um dos
grupos a fazer parte do cartel delatado por ele e que atuaria dentro da estatal
para obter contratos milionários.
Paulo Roberto Costa | Foto: Reprodução |
Levantamento
realizado pelo Valor Econômico aponta que o crescimento do faturamento da UTC
Engenharia, que inclui também empreiteira Constran, corresponde ao período em
que o grupo firmou contratos com a Petrobras. Em 2012, a empresa baiana
aumentou seu faturamento em 111%, para R$ 2,8 bilhões, e mais 11% em 2013, para
R$ 3,2 bilhões. De acordo com a reportagem, dos 16 grandes contratos de
engenharia industrial em andamento da UTC, 10 são firmados com a
petrolífera.
Ao
jornal, a empresa afirmou que “não há nenhuma acusação formal contra a UTC e a
Constran” e que “as empresas repudiam qualquer tentativa de relacioná-las a
atos ilícitos”.
Fonte:
BN