Foto: Polícia Civil |
Foi preso por policiais civis de Santo Estevão e da Delegacia de
Homicídios de Feira de Santana na tarde desta quarta-feira (29),
Gerônimo Navarro da Silva Filho, acusado de atear fogo e matar o
comerciante Manoel Carlos Santana, 61 anos, em Feira de Santana.
“Junior” ou “Cabelinho”, como também é conhecido, foi preso em uma
residência na cidade de Santo Estevão. O acusado já deveria estar preso,
por conta da prisão preventiva decretada na semana passada, mas devido a
Lei Eleitoral foi necessário esperar 48 horas após as Eleições para e
efetivar a prisão.
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De acordo com o delegado Ricardo Brito, coordenador Regional de Polícia,
o acusado estava se preparando para fugir. “Ele estava escondido em uma
casa e se preparava para fugir. Hoje iniciava, após as 48 horas do
período eleitoral, o período em que já poderia ser cumprido o mandado de
prisão e conseguimos localizar em Santo Estevão. Ele se entregou e
disse que iria procurar os advogados para fazer sua defesa. Agora ficará
à disposição da Justiça. Júnior disse também que está arrependido, mas
nada justifica tamanha crueldade”, declarou o delegado. A polícia também
está em busca do segundo envolvido.
Gerônimo se apresentou à polícia acompanhado por dois advogados na manhã
da última quarta-feira (22) e foi liberado após prestar depoimento.
Júnior, que ficará preso no Conjunto Penal de Feira de Santana, afirma
que não tinha premeditado o crime e que agiu de “cabeça quente”.
O delegado João Uzzum, por sua vez, disse ao Acorda Cidade que o acusado
confessou o crime, mas foi contraditório em seu depoimento.
“Ele deu detalhes na versão dele e disse que agiu sozinho. No entanto,
as imagens das câmeras de segurança são muito claras no sentido de
afirmar que ele agiu com outro homem. Júnior afirmou que entrou no
comércio de Sr. Manoel com o objetivo de conversar com Dona Vera (esposa
da vítima) e, no entanto, não a encontrando, teria iniciado uma
discussão com o comerciante, e após isso algemou o mesmo com algemas
plásticas que teria encontrado no comércio. Ele disse também que ateou
fogo no estabelecimento, vindo o fogo a atingir a vítima. Obviamente
essa versão não convenceu a polícia.
Esse cidadão planejou o crime,
premeditou esse crime. É um absurdo se considerar que em um comércio
onde vende frango assado seriam encontradas algemas plásticas. Ele
comprou essas algemas, planejou, levou o produto inflamável e após
imobilizar braços, mãos e pernas da vítima, derramou álcool sobre a
vítima e ateou fogo. Ele praticou um homicídio duplamente qualificado e
agora vai responder por isso”, declarou o delegado.
Manoel Carlos morreu na tarde de domingo (19), no Hospital Geral
Clériston Andrade, onde estava internado desde a tarde de sábado, quando
foi torturado, e teve 99% do corpo queimado na distribuidora de
frangos, de sua propriedade, localizada na Avenida João Durval.