A Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana, através da
Vigilância Epidemiológica, notificou 762 casos suspeitos da febre chikungunya,
entre os dias 6 de julho a 4 de outubro. Destes, 19 foram confirmados em
laboratório e 137 por critério clínico. Outros 21 foram descartados e 585
continuam em investigação. As informações foram fornecidas nesta terça-feira,
7.
Os 156 casos confirmados de chikungunya não relatam viagem a países com
transmissão da doença. Os sinais e sintomas mais frequentes foram mialgia,
artralgia, febre, edema e cefaléia. Não há registro de óbito até o momento.
Foram notificados casos em 54 localidades do município, dentro os quais
o bairro de George Américo apresentou 380 (49,86%) notificações, seguido pelo
bairro Campo Limpo com 113 (14,82%), Sítio Novo com 36 (4,72%), povoado Rio do
Peixe (Distrito de Jaguara) com 31 (4,06%), Cidade Nova com 20 (2,62%),
Sobradinho com 18 (2,36%) e Pampalona foram 10 (1,31%) notificações.
Os casos suspeitos, conforme o boletim, estão concentrados na faixa
etária de 35 a 49 anos com 221 casos, seguido de pessoas com 20 a 34 anos com
200 ocorrências. A faixa etária entre 50 a 64 anos tem 122 casos suspeitos. O
sexo feminino é o que predomina. São 501 mulheres e 261 homens.
As ações da SMS para combater a doença no município estão concentradas
nas visitas dos agentes de endemias às residências, no tratamento focal e
perifocal dos casos suspeitos e na realização de ações de educação em saúde com
orientações e distribuição de materiais informativos.
Ainda, na quebra da cadeia de transmissão com o uso de inseticida, no
acompanhamento e monitoramento de todos os casos notificados, bem como na
capacitação dos profissionais de saúde.
Doença
A febre chikungunya é transmitida pelo mosquito do gênero aedes – o
aegypti (o mesmo que transmite a dengue) ou albopictus. Apresenta alguns
sintomas semelhantes ao da dengue clássica - provoca febre alta, dor de cabeça,
dores mais acentuadas nas articulações, dores musculares e inchaços nas
articulações.
O período médio de incubação da doença é também mais prolongado se
comparado com a dengue. É de três a sete dias (podendo variar de 1 a 12 dias).
Não existe tratamento específico e nem vacina disponível para prevenir a
doença.
Fonte: Ascom PMFS