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Foto de Mark Ralston/AFP |
A justiça chinesa
condenou à morte o ex-presidente de uma grande empresa pública, acusado
de ter embolsado 53 milhões de euros, informou a imprensa oficial, uma
sentença pouco comum para alguém de seu nível social.
Na última
quarta-feira, um tribunal do Cantão (sul da China) declarou Zhang
Xinhua, ex-presidente-executivo do conglomerado Baiyun Industrial and
Agricultural Corp., culpado por ter recebido subornos e desviado
dinheiro público, noticiou a agência oficial chinesa Xinhua.
Desde
2003, Zhang desviava ativos do grupo em um montante de mais de 280
milhões de iuanes (36,8 milhões de euros), e teria embolsado subornos de
95 milhões de iuanes (12,5 milhões de euros) em troca de favores.
O
caso do executivo foi agravado pelo fato de o acusado ter negado seus
delitos, afirmou uma autoridade judicial à imprensa oficial chinesa.
O
condenado recorreu à sentença, mas há poucas chances de reverter a
decisão do sistema judicial, que se submete à vontade política do
governo.
A campanha anti-corrupção empreendida pelo presidente
chinês Xi Jinping para corrigir o aparato do Partido Comunista
comprometeu os altos escalões do funcionalismo público e muitos
funcionários.
Embora o país, segundo as ONGs, execute mais
condenados do que o resto do mundo, é raro que os altos funcionários
chineses corruptos sejam condenados à pena de morte.
A condenação à
morte de Zhang Xinhua foi anunciada no mesmo dia em que ficou conhecida
a decisão sobre Liu Tienan, ex-diretor da Comissão Nacional para a
Reforma e o Desenvolvimento (NDRC).
Com o posto de vice-ministro
-situado muito mais acima na hierarquia do que Zhang-, Liu Tienan foi
condenado à prisão perpétua por ter recebido ilegalmente o equivalente a
4,5 milhões de euros.
Fonte: AFP