Moniz Bandeira | Foto: Reprodução |
A convite da Real Academia Sueca, a União Brasileira de
Escritores (UBE) indicou o nome do historiador e cientista político Luiz
Alberto de Vianna Moniz Bandeira para o Prêmio Nobel de Literatura de
2015. Atualmente radicado na cidade alemã de Heidelberg, onde é cônsul
honorário do Brasil, Moniz Bandeira é autor de mais de 20 obras,
notadamente ensaios políticos, e de livros de poesias, como Verticais
(1956), Retrato e Tempo (1960) e Poética (2009).
Em um comunicado, o
presidente da UBE, Joaquim Maria Botelho, justificou a indicação. “Moniz
Bandeira é um intelectual que vem repensando o Brasil há mais de 50
anos. Com fundamentação absolutamente consistente, suas narrativas são
exercícios da literatura aplicada ao conhecimento dos meandros da
política exterior, não só do Brasil mas de outros países cujas decisões
afetam, para o mal ou para o bem, a vida, a nacionalidade e a própria
identidade brasileira”, disse Botelho. A nota ainda informa que vários
de seus livros são adotados pelo Itamaraty no curso de formação de
diplomatas.
Entre eles Formação do Império Americano - Da Guerra
contra a Espanha à Guerra no Iraque. Mais de oito anos atrás, o
brasileiro denuncia nesse trabalho a espionagem praticada pelas agências
de segurança norte-americanas em diversos países. O livro foi traduzido
e publicado na China e na Argentina. Seu livro mais recente, publicado
em 2013, é A Segunda Guerra Fria, que trata da geopolítica e da dimensão
estratégica dos Estados Unidos nas rebeliões da Eurásia e nos
movimentos da África do Norte e Oriente Médio.
Escrita entre março e
novembro de 2012, a narrativa de Moniz Bandeira “praticamente acompanha
em tempo real os acontecimentos recentes mais significativos”, de acordo
com o comunicado divulgado pela UBE.
Fonte: Correio