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O ex-diretor de
Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse ontem (28), em
depoimento à Justiça Federal em Curitiba, que parte da propina recebida
na sua diretoria foi repassada para o PSDB, além do PT, PMDB e PP.
Costa
depôs nas ações penais em que executivos de empreiteiras são
investigados pelo pagamento de propina para obter contratos com a
estatal. Ao juiz federal Sérgio Moro, o ex-diretor disse que foi
indicado para ocupar o cargo pelo PP em troca do compromisso de
arrecadar para o partido 1% dos contratos das empresas que faziam parte
do cartel, criado para combinar quais seriam as vencedoras das
licitações.
Segundo Costa, o valor foi negociado pelos políticos do PP
que participavam do esquema. Ele afirmou que seus “padrinhos” na
indicação foram os ex-deputados José Janene, falecido em 2010, e Pedro
Corrêa, preso na 12ª fase da Lava Jato, deflagrada neste mês.
Segundo
Costa, inicialmente, a propina recebida na diretoria de Abastecimento
eram direcionadas ao PP. No entanto, em 2007, ele teve problemas de
saúde e precisou do apoio de outros partidos para manter-se no cargo.
“Houve direcionamento pontual para o PSDB, PT e PMDB. Eu fiquei muito
doente no final de 2006, numa situação quase precária de saúde. Nesse
período, eu fiquei uns quatro meses afastado e houve um briga política
muito grande para colocar uma outra pessoa no meu lugar. Nesse processo,
o PP teve de abrir mão de ser o único partido que dava apoio à
diretoria de Abastecimento. A partir desse momento, o PMDB começou a dar
esse apoio também. Então, houve um compartilhamento de apoio, a partir
do início de 2007″, declarou.
Fonte: Agência Brasil