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Mesmo diante de recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) para que promotores do interior do estado fiquem atentos aos gastos com festejos juninos,
o prefeito de Santo Antônio de Jesus, Humberto Leite (PDT), não
economizou na programação do São João 2015 na cidade.
A promessa é de
seis dias de festa e 40 bandas, porém apenas cinco das atrações já
consumirão R$ 698 mil dos cofres públicos. Isso em meio a um cenário de
crise econômica, propalado pelos governos federal e estadual, que
apertaram o cerco para gastos.
Dados dos Diários Oficiais do Município
dos dias 25 e 26
de maio apontam que o Executivo santo-antoniense efetuou o pagamento de
50% dos artistas, com o restante dos cachês pagos a partir da
apresentação.
Por enquanto, o pagode do Sorriso Maroto – em pleno São
João – vai embolsar R$ 198 mil, maior cachê já divulgado. Na sequência,
outra banda de pagode, Raça Negra, com R$ 150 mil. A dupla sertaneja
Thaeme e Thiago, ritmo mais próximo do forró, terá o cachê de R$ 130
mil. Abaixo dos R$ 100 mil, apenas o Forró do Muído, com R$ 90 mil, e o
também sertanejo Daniel Vieira, R$ 70 mil.
A prefeitura, no entanto,
ainda não divulgou o valor pago para atrações já confirmadas, como Adelmário Coelho, Dorgival Dantas, Flávio José e as bandas Aviões do Forró e Magníficos.
Em abril, quando o procurador-geral do Ministério Público Estadual
(MP-BA), Márcio Fahel, fez o alerta para promotores que atuam no
interior, o coordenador do Núcleo de Investigação dos Crimes Atribuídos a
Prefeitos (CAP), promotor Antônio Faustino de Almeida, frisou que o
foco não é proibir a manifestação cultural, mas garantir que elas
aconteçam dentro da legalidade.
“As receitas diminuíram, os municípios
atravessam essa situação preocupante. Enquanto isso, alguns municípios,
às vezes, contratam artistas, bandas, atrações por valores exorbitantes,
enquanto nos serviços essenciais, como saúde, educação, saneamento
básico, a população fica inteiramente carente”, explicou.
Fonte: Fernando Duarte/Bahia Notícias
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