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A superintendência da Polícia Federal do Paraná deve fazer um
pronunciamento nesta quarta-feira (22) para explicar porque alguns nomes
de políticos e membros do governo foram cobertos com tarjas pretas nas
interpretações de informações encontradas no celular do empresário
Marcelo Odebrecht.
Segundo a Folha de S. Paulo, o relatório anexado aos
autos da Operação Lava Jato indicaria que o presidente da empreiteira
tentou deter os avanços das investigações. No documento, os nomes do
ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), do advogado-geral da União Luís
Inácio Adams, dos senadores José Serra (PSDB-SP) e o do governador
Fernando Pimentel (PT-MG) aparecem cobertos com tarjas pretas.
Já outros
políticos que também têm foro privilegiado, como o vice-presidente
Michel Temer e o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), foram citados
textualmente no documento. As anotações encontradas no celular de
Odebrecht estão cifradas, com siglas mescladas à estratégia da
construtora para conter os danos provocados pelo escândalo. FP (Fernando
Pimentel, segundo a polícia) é citado em uma anotação, no celular, ao
lado da frase “ela cai eu caio”. Já um e-mail traz o título "Pedido
específico blindagem JEC", e anotações como "Adiantar 15 p/JS" – José
Serra, na análise da PF.
Por meio das assessorias, Cardozo, Serra e
Pimentel disseram não saber do que se tratavam as mensagens.