Foto: Blog da Feira |
Por Sérgio Jones
A
situação política em Feira de Santana chegou ao fundo do poço sob a batuta, do
maestro desta Opera Bufa, o eterno prefeito José Ronaldo de carvalho. Nunca ao
longo da história deste município se presenciou tanto descaso de ordem
administrativa em setores importantes como: saúde, educação e transporte,
entre outros. O grande mérito conquistado por este membro do democratas
foi ter iniciado o processo de desconstrução das oposições. O que permitiu a
continuação dele e de seus acólitos a permanecerem no poder por quase duas
décadas.
Um dos processos mais acachapantes de desmantelamento dos
setores que regem a vida da comunidade feirense ocorreu recentemente no setor
de transporte coletivo. Pela primeira vez, ao longo de nossa história, o povo
se viu privado por quase 15 dias sem transporte público. O caos chegou a
atingir as arraias da irresponsabilidade administrativa. Algo só explicável
devido aos possíveis envolvimentos e amarras econômicas entre o gestor público
e empresas. Que ocorrem com muita frequência em anos de campanha eleitoral.
Tais amarras impossibilita e engessa o poder público. E os resultados nós já
conhecemos, acaba sempre prevalecendo os interesses da classe empresarial em
detrimento do coletivo.
Distorções
Como se explica que a capital do Estado de Sergipe, Aracaju, com população inferior a de Feira de Santana, mantenha em circulação cerca de 450 ônibus cobrando tarifas em torno de R$ 2,30. Enquanto em Feira se encontre circulando apenas 170 em condições emergenciais, cobrando a tarifa de R$2,70. O que podemos deduzir desta realidade é que há algo de podre no reino da terra de Lucas.
No campo político outras distorções nos perseguem inexoravelmente. Com a possibilidade de surgir uma possível dobradinha entre o ex-deputado Colbert Martins, antes de se tornar inelegível, e Sérgio Carneiro. Que poderia fazer prevalecer uma oposição factual ao prefeito. Tal possibilidade acabou sendo abortada por Ronaldo. Primeiro por uma ação neutralizante adotada por ele, que resultou na cooptação de ambos. E segundo pelo senso oportunistas demonstrados por Colbert e Sérgio.
Eles optaram pela lei do menor esforço ao não se envolverem em uma campanha que teria custos elevados e uma relativa perspectiva de não serem bem sucedidos no campo dos resultados eleitorais. Se venderam por 30 dinheiros ao se aliaram ao seu antigo adversário político. Demonstrando, com este comportamento, que entre os seus interesses e o da coletividade o que prevaleceu foram os deles. O que os deixa bem distantes do que se possa considerar como lideranças políticas autênticas. Tal qual o atual gestor político, eles sempre foram e se comportaram como arremedos de políticos que este país não pode nem deve tolerar. Quanto à postura adotada pelo deputado estadual petista, Zé Neto, este se tornou uma incógnita no campo das oposições, ele não agrega e quem não soma divide.
Sérgio Jones, 62 anos, jornalista formado pela FACOM-UFBA |
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