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Apesar da pressão do Trade Turístico
e de entidades empresariais, o governo decidiu manter a Bahia fora do
horário de verão neste ano.
Os relógios serão adiantados em uma hora no
dia 18 de outubro apenas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e
empresários do estado alegavam que seria bom para a economia local a
equiparação com o principal centro financeiro do país, São Paulo.
A
população, contudo, não concordava. “Pesquisas internas” teriam apontado
que 72% dos baianos eram contra a medida. "As alegações de sincronia de
horários com o centro financeiro do país não fazem sentido num mundo
globalizado onde os países mantém relações comerciantes e financeiras
uns com os outros, mesmo tendo fusos horários diferentes", alegou o
secretário de Comunicação do estado, André Curvelo.
Mesmo assim,
entidades empresariais não desistiram de reverter a decisão. O
presidente do Fórum Empresarial, Victor Ventin, teria entregue ao
governador e aos secretários de Turismo, Nelson Pelegrino, e de
Desenvolvimento Econômico, Jorge Hereda, um documento com 19 razões que
sustentariam o pedido do setor produtivo. Uma das principais questões
apontadas é que a posição contrária da população é fruto do
desconhecimento.
"Em um dos 19 pontos que apontamos mostramos que o
receio das pessoas refere-se à sensação de maior insegurança durante a
manhã onde estaria escuro, mas pesquisas também mostram que o nível de
luminosidade no período é igual ao do mês de julho, assim como aponta
levantamento do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania de
que a maioria dos assaltos ocorrem mais no final do dia, justamente
quando o trabalhador poderia sair com mais luminosidade do trabalho",
defende Ventin.
Mesmo assim, o governo teria se mantido firme na
decisão. "O governo entende como legítima a cobrança das classes
empresariais, assim como das classes trabalhadoras que, por meio dos
sindicatos, manifestaram-se, por outro lado, contra a adoção do horário
de verão", justificou Curvelo.
Fonte: BN