Imagem: QTMD |
Por: Sérgio Jones
Consultando os meus velhos
alfarrábios deparei-me com um artigo que versava sobre a ciência e a arte
que envolve o conceito da democracia que por definição poderia descrevê-la como
o exercício de uma política trabalhada pelos valores éticos e culturais da
criatura humana e a que decorre da astúcia e dos interesses subalternos de
alguns indivíduos inescrupulosos que a denigrem, utilizando-se de hábil
maniqueísmo para defraudar os valores que dignificam a sociedade, ascendendo
aos postos de destaques e de mando a que aspiram, e os alcança pisoteando as
vítimas que lhes tombam nas armadilhas bem urdidas.
Organizando partidos, alguns ignóbeis
nas suas estruturas, caso corriqueiro atualmente, esses indivíduos pretendem
alcançar os objetivos eleitorais, querendo em regime democrático, utilizando-se
de quaisquer meios que lhes sejam factíveis. O que fica subjacente que estes
agrupamentos são criados para defender os interesses dos seus membros em
detrimento dos deveres para com os cidadãos e o país. O que a caracteriza pela
ausência de uma filosofia idealista superior, que se encarregaria de
estabelecer direcionamentos éticos de conduta e ação como bem definiu o seu
autor Joaquim Nabuco. Para ele a democracia paira soberana acima das paixões de
grupelhos e dos partidos, sendo o método de governo através do qual o povo
é-lhe a alma que faculta dignidade humana e respeito à vida, vencerá as
barreiras deste milênio em crepúsculo, a fim de que o homem e a sociedade do
futuro sejam realmente lúcidos, conscientes e responsáveis, facultando
conquistas libertadoras, nas áreas da cultura, da moral e da
civilização.
Principalmente neste momento em que
prevalece a arbitrariedade e as aberrações todas elas sendo aceitas socialmente
sem qualquer escrúpulo; quando a promiscuidade aturde e a agressão às
Instituições adquire cidadania, conspirando contra as edificações éticas do
sentimento e da razão; ante os quadros desoladoras das paixões
primárias; face ao predomínio da força econômica desencadeadora da corrupção
que gera cruel escassez de recursos para centenas de milhões de vidas; diante
da impunidade em relação aos diversos crimes que são praticados contra o
cidadão e a comunidade por personalidades detentoras de destaque e poder. Em
síntese, a corrupção desmedida que ocorre ao longo de décadas em nosso país
nivelando alguns governos, que deveriam caracterizar pela dignidade, aos
criminosos que fingem combater.
Sérgio Jones, 63 anos, jornalista formado pela FACOM-UFBA |
*As opiniões emitidas em artigos assinados no site Diário da Notícia são de inteira e única responsabilidade dos seus autores.