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Uma campanha do Ministério das Justiça a
favor da imigração no Brasil causou polêmica nas redes sociais. Postada no
Facebook, a peça apresenta um jovem negro que diz: "Meu avô é angolano,
meu bisavô é ganês. Brasil, a imigração está no nosso sangue". Na legenda
do post, o texto afirma que "há cinco séculos, imigrantes de todas as
partes ajudam a construir nosso país".
Porém, a campanha recebeu
críticas dos seguidores que afirmaram que os imigrantes das nacionalidades
citadas vieram para o Brasil "escravizados e traficados".
"Tráfico de pessoas como mercadoria não é imigração", escreveu uma
seguidora. "Pátria educadora apaga a História real de seus colonizadores.
Coloca escravidão como imigração e chama todo afrodescendente de trouxa",
postou outro.
No próprio perfil, o Ministério da Justiça
rebateu as críticas e afirmou que o objetivo da campanha é enfrentar a
xenofobia e toda forma de ódio, preconceito e intolerância, inclusive o
racismo. Já em comunicado, o órgão agradeceu as contribuições e comentários e
afirmou que apoia a discussão sobre escravidão na nossa história. Confira o
comunicado na íntegra:
"O Ministério da Justiça agradece as
contribuições dos comentários, e apoia a importante discussão sobre a
escravidão na nossa história. Esclarecemos que o foco da campanha é enfrentar a
xenofobia e toda forma ódio, preconceito e a intolerância, inclusive o racismo,
e também mostrar que a sociedade brasileira é composta de descendentes de
migrantes de todas as partes do mundo.
A campanha contra a xenofobia abordará várias
histórias de brasileiros e brasileiras que são descendentes de nacionalidades
as mais diversas - incluindo africanas, latino-americanas, europeias,
asiáticas. São pessoas que ajudaram a construir o país que conhecemos hoje.
Queremos mostrar que o encontro de culturas é a riqueza de nosso país, e
desestimular qualquer manifestação discriminatória.
De todo modo, é muito importante lembrar que o
governo promove diversas medidas de inclusão para reverter essa triste herança,
como é o caso das políticas de ações afirmativas, e de enfrentamento ao
preconceito, como o Disque 100. Além disso, o Ministério da Justiça participa
da coordenação da Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de
Pessoas."
Fonte: iBahia