Foto: Valter Campanato/Agência Brasil |
Representantes e integrantes de movimentos evangélicos protocolaram na
tarde desta quarta-feira (28) na Secretaria Geral da Mesa Diretora da
Câmara dos Deputados, manifesto pedindo a saída "imediata" do presidente
da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
No documento, eles repudiam as ações
de corrupção das quais é acusado o peemedebista, que se identifica como
evangélico, e avaliam que elas tornam a permanência de Cunha no cargo
insustentável. No documento, evangélicos afirmam que a crise política
pela qual o Brasil passa vem se traduzindo em conflitos institucionais,
que precisam ser revistos com uma "profunda reforma política.
"Nesse
contexto, as ações do deputado Eduardo Cunha, atual presidente da Câmara
dos Deputados e que se identifica como evangélico, merecem "repúdio",
dizem no documento, assinado por 117 pessoas. Eles avaliam que, diante
das denúncias de corrupção, "não há coerência e base ética necessária"
para Cunha continuar no cargo.
Um dos assinantes, o pastor Welinton
Pereira afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da
Agência Estado, que o manifesto é uma iniciativa "apartidária". De
acordo com ele, entre os apoiamentos, há, inclusive, pelo menos 35
assinaturas de evangélicos da Assembleia de Deus, mesma igreja de Cunha.
O pastor destacou que, após o protocolo, foi aberta na internet uma
lista online para colher assinaturas, que já conta com quase mil apoios.
Na lista, pessoas de outras religiões também podem assinar o pedido de
afastamento de Cunha.
Fonte: Igor Gadelha e Daniel Carvalho | Estadão Conteúdo