Imagem: Divulgação/FAB |
O combate ao fogo que ainda consome a vegetação em quatro áreas na Chapada Diamantina, Centro da Bahia, ganhou o reforço de dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) na manhã desta quarta-feira (18). Uma aeronave C-130 Hércules, com capacidade para 12 mil litros de água e um helicóptero Super Puma, com espaço para 16 passageiros, entraram em operação nesta manhã, reforçando o trabalho dos cerca de 200 bombeiros, brigadistas voluntários e militares da FAB que atuam no combate às chamas que já duram mais de 25 dias.
Além dos aviões da FAB – que trouxeram 20 toneladas de equipamentos entre compressores, piscinas, moto-bombas empilhadeira e fontes de força -, outras 11 aeronaves Air Tractor enviadas pelo governo do Estado - sete aviões com capacidade para 2 mil litros de água e quatro helicópteros - estão sendo utilizados no combate aos focos de incêndio, que ainda permanecem sem controle nas áreas do Morro Branco, Barro Branco, Parque dos Cristais e Mucugê. Também foram disponibilizados pelo Exército Brasileiro três carros-pipas, quatro jipes marruá para o transporte de equipamentos e pessoal.
Segundo informações do titular da Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema), secretário Eugênio Spengler, os aviões estão fazendo lançamento de água nos locais atingidos pelo foco com o intuito de reduzir as chamas. “O avião Hércules já fez três lançamentos de água hoje nas áreas em chamas. Foram 36 mil litros de água na região de Mucugê e do (Vale) do Capão. Além disso os outros aviões estão fazendo uma média de 15 voos diários e lançam cerca de 180 mil litros de água por dia, que estamos captando do rio Utinga”, explicou.
Ainda de acordo com o secretário, até o momento, o fogo já foi controlado nas áreas do Morro do Pai Inácio, Cercado, margens da BR 242, Campo de São João, Mucugezinho, Morrão, Morro do Camelo e Ibicoara. “Nesse momento, o nosso objetivo é apagar o incêndio, mas já estimamos que foram mais de 17 mil hectares de vegetação queimados. Só em Ibicoara foram 3.600 hectares em quatro dias de fogo”, disse.
Além dos aviões da FAB – que trouxeram 20 toneladas de equipamentos entre compressores, piscinas, moto-bombas empilhadeira e fontes de força -, outras 11 aeronaves Air Tractor enviadas pelo governo do Estado - sete aviões com capacidade para 2 mil litros de água e quatro helicópteros - estão sendo utilizados no combate aos focos de incêndio, que ainda permanecem sem controle nas áreas do Morro Branco, Barro Branco, Parque dos Cristais e Mucugê. Também foram disponibilizados pelo Exército Brasileiro três carros-pipas, quatro jipes marruá para o transporte de equipamentos e pessoal.
Segundo informações do titular da Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema), secretário Eugênio Spengler, os aviões estão fazendo lançamento de água nos locais atingidos pelo foco com o intuito de reduzir as chamas. “O avião Hércules já fez três lançamentos de água hoje nas áreas em chamas. Foram 36 mil litros de água na região de Mucugê e do (Vale) do Capão. Além disso os outros aviões estão fazendo uma média de 15 voos diários e lançam cerca de 180 mil litros de água por dia, que estamos captando do rio Utinga”, explicou.
Ainda de acordo com o secretário, até o momento, o fogo já foi controlado nas áreas do Morro do Pai Inácio, Cercado, margens da BR 242, Campo de São João, Mucugezinho, Morrão, Morro do Camelo e Ibicoara. “Nesse momento, o nosso objetivo é apagar o incêndio, mas já estimamos que foram mais de 17 mil hectares de vegetação queimados. Só em Ibicoara foram 3.600 hectares em quatro dias de fogo”, disse.
Investigações
O governado Rui Costa, que sobrevoou a região afetada pelos incêndios na manhã de ontem, solicitou que a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) apurasse as causas do incêndio. Em reunião com prefeitos de cidades afetadas pelo fogo, o governador disse que "há indícios de que (os incêndios) foram provocados intencionalmente" e determinou que peritos da Polícia Civil fossem até a região. O Departamento de Polícia Técnica da Polícia Civil (DPT) informou que peritos irão sobrevoar o local para dar início as apurações. O DPT, no entanto, não soube dizer quantos peritos participarão das investigações e quando elas terão início.
De acordo com o César Gonçalves, chefe substituto do Parque Nacional da Chapada Diamantina, ainda não é possível determinar quantos hectares do Parque foram destruídos pelas chamas. “Estamos focando em controlar os três pontos de incêndio em Mucugê, no Capão e na região entre Lençóis e Palmeiras”, explicou Gonçalves. De acordo com ele, o Parque corresponde a um total de 152 mil hectares de terra.
O acesso às áreas atingidas pelo fogo é uma das principais dificuldades enfrentadas pelos bombeiros, que conta com o apoio das aeronaves para lançar água sobre as chamas. “Um percurso muito longo estafaria o pessoal antes do combate. A aeronave permite que os militares cheguem inteiros a essas regiões além de possibilitar o transporte de uma quantidade maior de equipamentos”, disse o comandante-geral do Corpo de Bombeiros da Bahia, coronel Francisco Luiz Telles de Macedo.
Representantes da Associação de Condutores de Visitantes do Vale do Capão (ACV-VC) que atual como brigadistas voluntários também relatam a dificuldade de acesso aos locais afetados. “São horas de caminhada e poucos recursos. Aeronaves estão dando apoio. São locais de difícil acesso e perigosos. Estamos tentando conter as chamas para que elas não alcancem as casas dos moradores. O sol está muito forte, o que tem dificultado o trabalho”, relatou um dos brigadistas.
Até a próxima segunda-feira (23) não há previsão de chuva para a região da Chapada Diamantina. De acordo com o meteorologista Marcelo Pinheiro, da Agência Clima Tempo, uma massa de ar seco impedirá a ocorrência de chupas na região. “Temos uma massa de ar seco e quente atuando sobre o Centro Leste e Norte que dificulta a formação de nuvens carregadas. A massa de ar seco pode propiciar a propagação do fogo na região", explicou.
Dano Ambiental
De acordo com o secretário Eugênio Spengler, os danos ambientais provocados pelos incêndios na chapada podem ser irreversíveis. “Talvez a vegetação atingida não se recupere, ou, caso isso aconteça, levará anos”, avaliou. Região com bioma diversificado, o fogo destruiu áreas de Caatinga, Cerrado, e Mata Atlântica. “A Chapada é uma região de transição de biomas, que não sobrou muita coisa. Por possuir árvores mais altas, a porção de Mata Atlântica tem resistido um pouco mais, mas a parte mais baixa, como as de caatinga e cerrado, foram todas consumidas pelo fogo”, disse.
Além da perda de vegetação, o secretário também destacou que os incêndios na Chapada também terão impactos em nascentes de rios que banham a região. Um dos mais importantes, o rio Paraguaçu, possui afluentes que abastecem as cidades de Feira de Santana e parte da Região Metropolitana de Salvador. De acordo com ele, a quantidade e a qualidade da água sofrerão impactos. “Como a perda da vegetação, o risco de erosão em leitos de rios e córregos se intensifica”, conclui.
Fonte: iBahia