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As taxas futuras de juros
diminuíram o movimento de queda visto na primeira parte da sessão desta
quarta-feira (11) influenciadas pela devolução das perdas do dólar ao longo do
dia. Mesmo assim, terminaram em baixa em relação ao ajuste da véspera, mas
praticamente estáveis em relação ao término da sessão estendida de
ontem. Isso porque a principal razão para a queda, ontem, ganhou as mesas
depois que a sessão regular já havia sido concluída.
Boatos de que o
ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles poderia assumir a vaga do
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, agradaram ao mercado. Tudo porque Levy está
tendo dificuldades em passar as medidas de ajuste e Meirelles é visto como um
quadro técnico com perfil mais político. Sem contar que ele tem o aval do
ex-presidente Lula, que nos bastidores tem pressionado a presidente Dilma
Rousseff a fazer mudanças na política econômica.
No fechamento dos negócios
do horário regular na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro
(DI) com vencimento em janeiro de 2016 projetava 14,22%, ante 14,24% no ajuste
de ontem. O DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 15,47%, de 15,52% no ajuste
de ontem e de 15,49% no fechamento anterior. O DI para janeiro de 2019 estava
em 15,78%, de 15,86% no ajuste e 15,79% no fim do pregão estendido. E o
contrato com vencimento em janeiro de 2021 exibia 15,59%, ante 15,72% no ajuste
da véspera e 15,60% no fechamento anterior.
O que se diz nos
bastidores, no entanto, é que Dilma não quer Meirelles e por isso reluta em
fazer a troca que Lula tanto quer. Foi essa leitura, a da rejeição de Dilma
pela substituição, que teria influenciado o dólar nesta tarde, devolvendo as
quedas da manhã para operar pontualmente em alta. Esse movimento influenciou os
juros, que ainda monitorou os desdobramentos das sessões no Congresso.
O mercado operou com a
expectativa de que seria votada ainda hoje a medida que prevê a repatriação de
recursos no exterior, já adiada outras vezes e para a qual o governo está
jogando suas fichas para tentar mostrar um fato positivo dentro do ajuste
fiscal. Isso, no entanto, não saiu de graça, e o Executivo teve que ceder em
relação ao porcentual de multa e IR, de 35% para 30%. No mercado cambial,
o dólar comercial voltava a marcar perdas, depois de alguns momentos em alta, e
cedia 0,23% às 16h18, a R$ 3,7702, enquanto a moeda para dezembro subia 0,65%,
a R$ 3,7945.
Fonte: Bahia Notícias