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A lama de rejeitos de minério que vazou da barragem da Samarco em Mariana (MG) chegou ao mar, após dias passando por trecho do Rio Doce, no Norte do Espírito Santo. Em comunicado enviado nesta terça-feira (24), o governo da Bahia descarta a possibilidade dela chegar ao litoral baiano.
“A distância entre o estuário (ambiente aquático onde acontece a mistura entre o rio e o mar) do Rio Doce e estes outros locais é enorme, demoraria muito a chegar aqui, levando em consideração que a dinâmica do mar. A tendência das correntes, nesta época do ano, é ir para o sul, e a Bahia está ao norte da foz do Rio Doce”, explicou o coordenador de monitoramento do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), Eduardo Topázio.
Para Topázio, a possibilidade desta lama chegar na Bahia é remota. Nos últimos dias, internautas tem circulado informações de que as praias de Itacaré, Alcobaça e Abrolhos já foram atingidas pela lama, mas o Inema não confirma e diz que tem feito um monitoramento na região. “Devem ser consideradas todas as condições climáticas da região, no deslocamento da lama. Na ocorrência de chuvas é natural que apareçam manchas marrons no mar, o que pode levar as pessoas fazerem confusão com os rejeitos de minério", disse o coordenador.
O rompimento da barragem aconteceu no dia 5 de novembro e fez com que uma grande quantidade de lama fosse formada no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana. Em seguida, a onda de rejeitos seguiu pelo Rio Doce e atingiu três municípios do Espírito Santo: Linhares, Baixo Guandu e Colatina.
A mineradora Samarco, pertencente às empresas Vale e a anglo-australiana BHP, foi multada em R$ 250 milhões pelo Ibama. A empresa diz estar executando sistema emergencial de monitoramento ambiental. Uma outra empresa foi contratada pela Samarco para diagnosticar a área atingida e elaborar um plano de recuperação.
Fonte: iBahia