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O prefeito da cidade de
Antônio Cardoso, Felicíssimo Paulino dos Santos Filho, conhecido como “Baixa
Fria”, disse que não desacatou os policiais que o abordaram após andar na
contramão no centro de Feira de Santana, na tarde do último domingo (15). De
acordo com a ocorrência policial, ele foi conduzido ao Complexo de Delegacias
após uma discussão com os PMs e por estar com a Carteira Nacional de
Habilitação vencida desde o dia 30 de novembro de 2011.
O prefeito afirmou que a
carteira estava vencida há seis meses e não há três anos, 11 meses de 16 dias.
Ele contou que parou o veículo antes dos policiais mandarem e disse também que
foi agredido na delegacia por um deles.
“Saí de minha residência
mais ou menos uma hora da tarde e fui para meu sítio levar uns pintos. Chegando
ali na Praça João Pedreira, o calor estava muito forte, os pintos já estavam
agonizando, e meu ar-condicionado não está funcionando. Para salvar os
bichinhos, eu dei uma contramão para pegar a Marechal e parar no posto que tem
ali perto. Neste momento, vinha uma viatura da PM e quando eu ouvi a sirene eu
encostei à direita antes de eles me pararem. Os três já chegaram com armas na
mão mandando eu colocar a mão na cabeça. Eu já estava com as mãos para cima e
disse que eu não era bandido para colocar a mão na cabeça (...). E aí houve uma
discussão. Eu disse que eu era prefeito, um homem trabalhador e não era
bandido, e ele disse que estava sempre ouvindo no noticiário sobre prefeito
bandido e corrupto, e eu respondi a ele que mais bandidos que na política, tem
também na Polícia Militar”, relatou, ressaltando que não estava generalizando
seu comentário a todos os policiais.
“Ele disse que não
queria saber se eu era prefeito, e eu disse que eu não queria saber se ele era
tenente. Chamaram o major Ribeiro e ele já foi dizendo que eu já seria preso
por desacato (...). Eles são mentirosos, e colocaram na ocorrência que eu
desacatei, eu fico horrorizado com policiais que usam mentira. Eu dei a
contramão sim com a intenção de salvar os pintinhos. Eu fui agredido na
delegacia, no recinto do Complexo Policial, pelo major. Tinha mais de 15
policiais na delegacia onde eu fui atendido e quem interveio foi um policial
civil. Respondo pelo meu erro da contramão, agora não aceito sofrer agressão no
complexo policial... o soldado me segurou no meu braço para o major me agredir
no pescoço. A escrivã e outro policial viram meu pescoço. Até me deram guia
para fazer o exame de corpo de delito”, afirmou o prefeito, dizendo que vai
pensar se vai fazer o exame, quando questionado pela reportagem sobre quando o
procedimento seria realizado.
Em resposta às
declarações do prefeito, o major Ribeiro afirmou que não houve nenhum tipo de
agressão. “Em momento algum existiu esse tipo de procedimento, não houve
agressão na delegacia e nem em lugar algum. Essa informação não procede”,
afirmou.
Fonte: Acorda Cidade