Imagem: Antônio Cruz |
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11 a 9, os deputados do do Conselho de Ética decidiram não aceitar o pedido de
vista e dar sequencia à votação do parecer que vai definir o destino do
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O
presidente do Conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), submeteu a voto a
possibilidade de pedido de vista apresentado pelo deputado Genecias Noronha
(SD-CE) que poderia adiar, pela oitava vez, a votação do relatório favorável ao
prosseguimento da representação, contra Cunha, por quebra de decoro. Araújo
havia se manifestado contrário ao pedido do Solidariedade e gerou divergências.
Diante das manifestações de aliados de
Cunha, Araújo pediu para que o colegiado decidisse, e votou como integrante do Conselho,
passando a presidência para o deputado Sandro Alex (PPS-PR). Baseando-se
em uma questão de ordem respondida por Cunha em março deste ano, sobre
possibilidades de pedido de vista, Araújo alegou que não se trata de um novo
parecer, mas de um complemento de voto ao relatório que já tinha sido lido e
anunciou que daria início à votação.
Parlamentares próximos de Cunha se
revezaram em manifestações contrárias à decisão. Aliado de Cunha, o
deputado Manoel Júnior (PMDB-PB) alertou que a sessão poderia ser anulada por
um erro regimental de Araújo.
“A questão de ordem versa sobre projeto
de lei em tramitação na Casa. Quando o processo aqui foi anulado, vossa
excelência procedeu novo sorteio [para escolha do novo relator], escolheu novo
relator, e se copiou ou não copiou o relatório nulo, apelo para que não proceda
a novo erro regimental”, alertou.
O novo relator do processo, Marcos Rogério (PDT-RO), defendeu que se trata do
mesmo processo e que, por isso, não justifica retomar todo o trâmite desde o
início. “A nulidade não impede a ratificação de atos. Estamos em fase
preliminar. Estamos em juízo de admissibilidade. Não houve novo parecer. Os
termos não alteram a decisão final deste relator. Não há mudança profunda capaz
de causar insegurança jurídica”, defendeu.
Defesa
O Conselho de Ética está reunido desde as 9h35. Marcos
Rogério já apresentou seu parecer ratificando a defesa para que o inquérito
contra Cunha tenha sequência. O advogado do peemedebista, Marcelo Nobre, que já
tinha declarado “preocupação” com possíveis impactos da Operação Catilinárias,
deflagrada hoje (15) pela Polícia Federal, na decisão do Conselho, abriu seus
argumentos com um “esclarecimento”.
“Isso [A busca e apreensão] só reforça
nossa defesa. A defesa tem dito que não tem prova e o que decorre da busca e
apreensão na casa do meu cliente? A busca de provas. A segunda [afirmação da
defesa de Cunha] é que o conselho não tem o poder investigativo que este poder
é do Supremo Tribunal Federal. Portanto, esses acontecimentos na casa do meu
cliente só reforçam a defesa neste Conselho de Ética. Aqui estamos a tratar de
quebra de decoro ou não”, afirmou.
Fonte: Correio 24h
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