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A
presidente Dilma Rousseff negou em pronunciamento quaisquer "atos
ilícitos" em sua gestão e disse que recebeu com "indignação" a
decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de
aceitar abertura do pedido de impeachment contra ela.
"Hoje eu recebi com
indignação a decisão do senhor presidente da Câmara dos Deputados de processar
pedido de impeachment contra mandato democraticamente conferido a mim pelo povo
brasileiro", disse Dilma, em pronunciamento no Palácio do Planalto.
"São
inconsistentes e improcedentes as razões que fundamentaram esse pedido. Não
existe nenhum ato ilícito praticado por mim, não paira contra mim nenhuma
suspeita e desvio de dinheiro público", acrescentou.
A presidente ainda
foi irônica ao fazer referências a contas no exterior, depois do escândalo
envolvendo Cunha na Suíça. "Não possuo conta no exterior, nem ocultei do
conhecimento público a existência de bens pessoais. Nunca coagi, ou tentei
coagir instituições ou pessoas na busca de satisfazer meus interesses."
Dilma
fez o pronunciamento acompanhada de 11 ministros: Jaques Wagner (Casa Civil),
Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), José Eduardo Cardozo (Justiça),
Gilberto Occhi (Integração Nacional), Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da
União), Aldo Rebelo (Defesa), Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior), André Figueiredo (Comunicações), Celso Pansera (Ciência e
Tecnologia), Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Gilberto Kassab (Cidades).
Fonte: Correio