"É uma dor que sinto dentro da alma", diz pai de menina morta em escola

Imagem: iBahia
Familiares e amigos se despediram da pequena Beatriz Angélica Mota, 7 anos, nesta sexta-feira (11), em Juazeiro, norte da Bahia, onde o corpo da criança foi sepultado. A menina foi assassinada dentro de uma escola em Petrolina (PE). O pai de Beatriz, Sandro Romildo, falou do sofrimento pelo qual está passando. "É uma dor que eu sinto que não é do corpo, é uma dor que sinto que é dentro da alma", afirmou à TV São Francisco. 
O tio-avô da menina, Antônio da Silva, disse que todos estão sofrendo muito com a perda violenta de Beatriz. "Não era para estar passando por isso que estamos passando. Vamos aguentar, vamos pedir Àquele de cima que nos ajude", disse ele. A delegada Sara Rocha Machado, responsável pelo inquérito que apura a morte da menina, disse que quem cometeu o crime “estava com raiva ou teve um ataque de fúria”. Beatriz foi encontrada esfaqueada em um depósito na escola onde o pai, professor de inglês, trabalha e onde ela estudava.
Crime
O corpo da menina apresentava lesões nos braços e pernas e a faca cravada no abdômen. “Um indicativo de quem cometeu o crime estava com raiva ou teve um ataque de fúria”, afirmou a delegada. Na tarde desta sexta-feira, Sara ouviu duas pessoas. Segundo ela, as pessoas interrogadas foram liberadas porque não há provas de participação no crime.
Beatriz participava, ontem à noite, de uma festa na escola. O corpo dela foi encontrado no depósito, que não estava trancado. “A menina foi encontrada dentro de um depósito. Ainda não temos autoria e a motivação do crime”, disse a delegada. A garota estava junto com os pais na escola. Questionada se o crime poderia ter sido cometido por alguém da escola, a delegada afirmou: “Não foi constatado, a princípio, nenhum descontentamento entre o professor, pai da menina, e funcionário e os alunos da escola”.
Os pais de Beatriz ainda não foram ouvidos. “A família está em estado de choque. Estamos esperando passar esse clima velório para ouvir os pais. Mas funcionários do colégio, pessoas que não costumam andar no ambiente da escola, mas que estavam na festa, foram ouvidas”, disse a delegada, informando em seguida que os interrogatórios até agora pouco ajudaram nas investigações.
Sobre a quantidade de facadas, a delegada Sara Machado disse que só o laudo do Instituto Médico Legal para apontar. Segundo ela, a perícia tem 10 dias para apresentar o resultado. Os indícios do crime dão conta de que a menina foi morta no local. “Não há sinais de arrasto do corpo ou respingo de sangue que se faça um percurso”, disse. “Entre o desaparecimento dela e o encontro do corpo o laço temporal foi de no máximo uma hora”, declarou a delegada.
Fonte: iBahia
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