Foto: Egi Santana |
A Flica
anunciou o nome do novo curador-geral que estará à frente da edição 2016. O
escolhido da vez foi o jornalista e crítico literário e cultural paulistano
Mario Mendes. Ele foi mediador de duas mesas na Flica 2015 (“Em trânsito”, com
Sapphire e Lívia Natália; e “Sobre palavras e princesas”, com Meg Cabot e Paula
Pimenta).
O historiador e conselheiro
estadual de cultura Aurélio Schommer, que deixa a curadoria após cinco edições,
falou sobre a novidade.
"A mim me prende o ensimesmado do autor literário,
a autorreferência de um escritor exilado da cultura em transformação e
múltipla. Mario ultrapassa estes limites estreitos, ao mesmo tempo em que se
revela um crítico literário capaz de dois olhares que me faltam: o da formação
literária clássica, capaz de compreender o sentido estético do texto; e o viver
étnico com o diferente, agregando o ponto de vista de leitores de identidades
que eu não alcanço, pois me parece e a minha experiência me diz, que o autor
não é bom crítico. O bom crítico é o bom leitor, que decupa e interpreta o texto,
enquanto o escritor, ao construir o texto, sabe que faz, mas não sabe o que
faz", diz Aurélio.
Mario
Mendes iniciou sua atividade em 1978, após se formar na Escola de Comunicações
e Artes (ECA) da USP. Trabalhou na revista Interview, em seguida na Folha de
São Paulo (no suplemento Casa e Cia e na Ilustrada). Foi redator-chefe da
revista Elle e diretor geral da revista Daslu.
Escreveu
também em Vogue, Isto É e Veja. Entre idas e vindas pelas redações, residiu por
alguns períodos em Londres. Com um pé no erudito, outro na cultura pop e
popular, destaca-se por seus textos sobre moda, cinema, música e literatura.