Foto: Reprodução |
O
procurador geral da república, Rodrigo Janot, solicitou ao Supremo Tribunal
Federal (STF), no final da tarde desta quarta-feira (16), o afastamento do
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de suas funções na casa.
De
acordo com o jornal O Estado de São Paulo, o pedido foi protocolado no gabinete
do ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato, e deve ser analisado
pelos 11 ministros da corte.
Janot lista no documento uma série de eventos que
indicam suposta prática de “vários crimes de natureza grave” com o uso do cargo
a favor do deputado, integração de organização criminosa e tentativa de
obstrução das investigações criminais.
Janot afirma que o afastamento nem
chega a ser a medida mais grave que poderia ser adotada, que seria o pedido de
prisão preventiva.
Entre os atos listados na peça de 183 páginas para
justificar o afastamento, é citada a convocação da advogada Beatriz Catta Preta
para depor na CPI da Petrobras após seu cliente, o lobista Júlio Camargo, ter
delatado um suposto pagamento de propina no valor de US$ 5 milhões a
Cunha.