Imagem: Divulgação/UFBA |
Presa e torturada durante o período da
ditadura, a professora Mariluce Moura será reintegrada à Universidade Federal
da Bahia (Ufba) na manhã desta sexta-feira (18), na Reitoria da
universidade. Na época da ditadura,
Mariluce foi demitida de sua função no Departamento de Comunicação da
Ufba e, apesar de posteriormente ter sido absolvida pela própria Justiça
Militar, ela não conseguiu recuperar o seu emprego.
Apenas na Comissão de
Anisitia, realizada no último dia 14 de outubro, em homenagem ao Dia do
Professor, uma portaria do Ministério da Justiça reconheceu o período que Mariluce
ficou afastada do emprego e concedeu à professora o direito de ser
reintegrada à Ufba.
De acordo com Mariluce, ela decidiu abrir o processo de anistia em 2011 e uma das questões colocadas foi justamente sobre a perseguição e demissão que sofreu enquanto professora universitária. Após o julgamento na Comissão de Anistia, Mariluce escolheu ser reintegrada como professora da Ufba ao invés de receber uma indenização e um pagamento mensal.
“Fui presa em Salvador em 1973, estava grávida. Meu marido foi preso e assassinado no mesmo ano. Em 1974, fui julgada e absolvida pela Justiça Militar, portanto eu era uma cidadã livre. Prestei concurso público e fui aprovada como professora da Ufba. Mas por uma determinação do Ministério da Educação, meu vínculo com a universidade foi cortado em 1975. A ditadura negou o meu direito de ter uma carreira acadêmica. Direito conquistado com mérito, após aprovação em concurso público”, relembra a professora em nota. Ela conta ainda que deseja atuar principalmente na área do jornalismo científico na Faculdade de Comunicação da Ufba.
Formada pela Ufba, Mariluce Moura passou a se dedicar ao jornalismo científico em 1989, quando mudou-se para São Paulo. Ela criou uma das mais importantes revistas de divulgação científica brasileira, a Pesquisa Fapesp, que dirigiu entre os anos de 1999 e 2014.
Fonte: Correio 24h
De acordo com Mariluce, ela decidiu abrir o processo de anistia em 2011 e uma das questões colocadas foi justamente sobre a perseguição e demissão que sofreu enquanto professora universitária. Após o julgamento na Comissão de Anistia, Mariluce escolheu ser reintegrada como professora da Ufba ao invés de receber uma indenização e um pagamento mensal.
“Fui presa em Salvador em 1973, estava grávida. Meu marido foi preso e assassinado no mesmo ano. Em 1974, fui julgada e absolvida pela Justiça Militar, portanto eu era uma cidadã livre. Prestei concurso público e fui aprovada como professora da Ufba. Mas por uma determinação do Ministério da Educação, meu vínculo com a universidade foi cortado em 1975. A ditadura negou o meu direito de ter uma carreira acadêmica. Direito conquistado com mérito, após aprovação em concurso público”, relembra a professora em nota. Ela conta ainda que deseja atuar principalmente na área do jornalismo científico na Faculdade de Comunicação da Ufba.
Formada pela Ufba, Mariluce Moura passou a se dedicar ao jornalismo científico em 1989, quando mudou-se para São Paulo. Ela criou uma das mais importantes revistas de divulgação científica brasileira, a Pesquisa Fapesp, que dirigiu entre os anos de 1999 e 2014.
Fonte: Correio 24h
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