Imagem: Reprodução/Correio 24h |
Nesta
segunda-feira (11) ocorreram protestos na Baixa dos Sapateiros após a morte de
Lázaro Henrique de França, 13 anos, na noite de sábado, de acordo com a Central
de Polícia. Se sentindo desprotegidos, donos de lojas não abriram suas portas,
segundo a Polícia Militar. Lázaro Henrique foi morto com um tiro na cabeça
enquanto passava pela Baixa dos Sapateiros, por volta das 18h50, quando foi
surpreendido por dois homens em uma motocicleta.
O delegado Adailton Adan, titular da 1º Delegacia (Barris), diz que o crime tem ligação com a disputa do tráfico de drogas pelo mercado de São Miguel e Saúde, nas proximidades da Baixa dos Sapateiros. “Os policiais militares do 18º Batalhão foram acionados para verificar a denúncia de disparos de arma de fogo na região. Ao chegar ao local, encontraram o adolescente, que era conhecido por cometer atos infracionais constantemente na região”, informou a Polícia Militar, em nota.
O assassinato da criança está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Foi divulgada uma possível retaliação por parte dos traficantes, por conta do crime, mas o delegado Adan não confirmou a informação. “Por enquanto, é só uma especulação que atribuímos a um traficante local chamado Café. Os policiais estão atentos, para que qualquer problema que ocorra a gente possa agir de imediato”.
No
último mês, foram registrados quatro homicídios no Centro Histórico, sendo três
deles no dia 21 de dezembro, e três tentativas de homicídio. “Percebemos que a
disputa (pelo tráfico) está acirrada. Você tem o Carnaval, as festas de largo,
o aumento de turistas na cidade e, para os traficantes, isso é o filão, por
conta do aumento de movimento na área”, explicou Adan.
De acordo com ele, durante as abordagens e prisões na região, a polícia
identifica que determinados pontos tornam-se mais cobiçados. “Quando combatemos
o tráfico em áreas como Pelourinho e São Miguel, isso migra para a periferia
onde está a Saúde, o Santo Antônio, a Castanheira. Essas áreas se tornam pontos
estratégicos porque há o aumento da demanda”. Até ontem, os autores do crime
não tinham sido identificados ou presos.
Fonte: Correio 24h
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