Pastora
Marcilene e o marido | Foto: Reprodução
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A pastora morta em Vitória
da Conquista e o marido faziam parte da igreja do homem que é acusado de ser
mandante do crime até cerca de cinco anos atrás, quando saíram para fundar a
própria congregação. A pastora e professora da Uneb Marcilene Oliveira Sampaio,
38 anos, e sua prima Ana Cristina Santos Sampaio, 37, foram mortas a pedradas a mando do pastor
Edimar dos Santos Brito, segundo aponta a investigação da Polícia Civil.
Wagner
de Oliveira, 35, amigo da família e ex-membro da Profetizando Vida, igreja de
Marcilene com o marido Carlos Eduardo, conta que os desentendimentos começaram
quando o casal passou a não gostar do comportamento do pastor.
"O pastor
que está foragido tinha uma igreja, Carlos Eduardo e Marcilene eram da
igreja dele. A máscara dele foi caindo, ele começou a mexer com mulheres
casadas. Carlos Eduardo emprestou um dinheiro a ele, cerca de R$ 3 mil.
Quando Carlos Eduardo foi cobrar, eles discutiram. Edimar chegou a quebrar o
para-brisa dele", conta Wagner ao CORREIO. "Todo mundo foi vendo quem
Edimar era de verdade. As pessoas foram saindo (da igreja dele). O casal
resolveu abrir uma outra congregação e muita gente resolveu acompanhar. E a
igreja foi prosperando", relembra.
O
amigo acredita que o pastor foragido premeditou o crime. "Pouco tempo
atrás, Edimar sentou em um trailer e comentou 'esse ministério dela tá pra
acabar'. O pessoal achou que ele tava falando que ia falir, algo assim. Mas
talvez ele já tava premeditando o crime", avalia.
Segundo
Wagner, Ana Cristina, prima da pastora, era casada, mãe de dois filhos e vivia
em São Paulo, vindo para a Bahia visitar familiares. Já a pastora Marcilene e
Carlos Eduardo não deixaram filhos.