Imagem: Ed Santos/Acorda Cidade |
A cidade de Riachão do
Jacuípe ficou completamente inundada depois das chuvas dessa madrugada e após o
rio transbordar. Muitas casas foram alagadas e há muitas famílias desabrigadas.
O Corpo de Bombeiros de Feira de Santana e equipe de voluntários estão
trabalhando no resgate das pessoas, de animais e dando orientações para que a
população fique em estado de alerta.
A ponte que liga a cidade
a outros municípios cedeu e foi aberta uma enorme cratera na pista. Segundo o
Tenente Coronel Antunes um dos bairros mais alagados foi o Alto do Cruzeiro,
onde foi realizado o resgate de crianças e pessoas idosas. Ele falou que a
passagem entre Riachão do Jacuípe e Feira de Santana está interrompida e a
equipe do corpo de bombeiros está dando suporte na travessia de pessoas para
ajudarem e cuidarem de suas famílias e parentes. “Estamos fazendo a
travessia do lado da pista que foi interrompida, para que pessoas que têm
filhos e pais idosos possam cuidar das famílias. Isto é importante para a
cidade e para a comunidade”, disse.
O tenente coronel
informou que para a operação de resgate está sendo utilizado um barco de
alumínio. Segundo ele, o barco de alumínio é mais viável, pela sua resistência
e por conseguir navegar entre as árvores e em locais de maior dificuldade.
Houve o registro de afogamento de um adolescente, que também foi resgatado.
Ele alertou sobre a
importância dos condutores de veículos terem atenção ao trafegaram
principalmente em locais perto de pontes e riachos. “É bom que os condutores de
veículos tenham bastante cuidado ao usar as pistas, principalmente perto de
pontes e onde tem riachos”, afirmou o tenente coronel.
O Corpo de Bombeiros está
em alerta sobre a situação em Riachão do Jacuípe e junto com o Governo do
Estado e a Defesa Civil está preparado para ações imediatas. Uma ambulância,
uma viatura de policia e salvamento e um grupo de mergulho estão no local para
realizar os resgates necessários.
O guia Moiséis Neves,
que participou dos resgastes, falou das dificuldades na operação e sobre o
grande volume de água que inundou a cidade. “Encontramos muitos animais mortos,
alguns estão vivos ainda, mas a dificuldade é grande, porque tem muitas
árvores. Nós ficamos enganchados nas árvores e deu muito trabalho para tirar o
barco. Chegamos a um local e tinham dez pessoas ilhadas e conseguimos
resgatá-las. Muitas pessoas estavam em suas casas, que são sobrados. Quando
inundou a parte de baixo, foram procurar abrigo na parte de cima. A água chegou
com muita força por volta de 1h da manhã e muitas pessoas ficaram com medo. A
água subiu cerca de 7m de altura”, contou.
Moiséis relatou também
que essa enchente foi maior e trouxe mais danos ao município, comparada à outra
que aconteceu em 1980.
Fonte: Acorda Cidade