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A
Secretaria Municipal de Educação do município de Maracás, no Vale do Jiquiriçá,
divulgou na noite desta terça-feira (23), o fechamento de 10 das 43 escolas da
rede municipal de ensino.
Segundo informações do Blog do Marcos Frahm, os
alunos serão transferidos para unidades próximas e os prédios permanecerão sem
funcionar até que o processo judicial envolvendo a prefeitura e o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ser concluído.
A mudança foi
determinada pelo prefeito, Paulo dos Anjos (PT), depois do censo realizado pelo
IBGE, divulgado em 2015, que aponta decréscimo populacional de quase 5%.
De
acordo com o chefe do Executivo municipal, a redução representa uma perda média
mensal de receitas de cerca de R$ 230 mil, o que inviabilizaria da manutenção
da gestão da forma como está.
”Infelizmente, não vamos ter como colocar todas
as escolas em funcionamento. Essa contagem do IBGE, que nós estamos contestando
na Justiça, até porque é um resultado injusto, prejudicou a todos nós, de
Maracás, mas eu acredito em Deus e na justiça que nós vamos reverter essa
situação. Estamos aguardando a resposta do IBGE, que deixou Maracás com 23.751
habitantes em dois anos, enquanto antes era de 25 mil habitantes e, mesmo o
município ganhando territórios, não teve êxito em número de habitantes na
estimativa do IBGE, que deve explicar essa situação”, explica.
A previsão é
que, com a mudança na Educação, segundo o prefeito, cerca de 1.000 dos 5.417
alunos sejam transferidos para outras escolas, na sede e zona rural.
”Não dar
administrar um município grande como Maracás, com quase R$ 300 mil a menos no
mês. Apenas com o recurso do Fundeb não temos como manter todas as escolas
funcionando. A nossa intenção é colocar as outras 10 escolas para funcionar em
abril, quando o processo que tramita na Justiça Federal se encerrar e nós
acreditamos que iremos reverter”, acredita.
Além da perda em receitas por conta
da diminuição populacional, Paulo dos Anjos revelou que a prefeitura não recebe
há 3 meses os repasses da contribuição financeira por exploração de recursos
minerais da Vanádio Maracás, mineradora que atua no município explorando a
extração de vanádio.
”A mineradora é uma grande parceira de Maracás, apesar de
que estamos com três meses sem receber CFEM e o ICMS, mas teremos uma reunião
com os representantes da empresa para resolver essa questão”, revelou. Os
repasses chegam a R$ 200 mil reais, segundo o petista.
Fonte: BN