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Os
trabalhadores em educação da rede municipal de ensino de Lauro de Freitas
decidiram em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (10) suspender a
greve iniciada no último dia 12 de fevereiro. A decisão foi unânime, em uma
assembleia que contou com cerca de 300 trabalhadores.
O movimento paredista não
foi encerrado, pois a categoria deliberou pela instauração do estado de greve,
uma espécie de alerta de que a paralisação das atividades pode ser novamente
deflagrada.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Lauro de
Freitas (Asprolf), os professores voltam às salas de aula na próxima
segunda-feira (14). Metade da categoria já havia retomado as atividades devido
a uma decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que determinou a volta
aos trabalhos de 50% dos professores.
De acordo com o coordenador do Asprolf,
Valdir Silva, a classe decidiu acatar a proposta da Secretaria Municipal de
Educação (Semed) de rediscutir a retomada da participação da comunidade escolar
nas eleições para diretor e vice das escolas municipais, principal
reivindicação dos trabalhadores. Atualmente, a escolha é feita por indicação da
prefeitura e vereadores.
"A gente vai apresentar uma proposta via decreto
para que o executivo possa, ainda nesse semestre, promover essas eleições. Nós
tínhamos uma lei municipal de eleição direta, mas ela foi derrubada pela Câmara
de Vereadores. Como eles não querem voltar atrás na questão da lei, por ser a
escolha uma questão mais política, a gente propôs que ele faça essa eleição
direta via decreto", explicou em entrevista ao Bahia Notícias.
A
prefeitura também prometeu apresentar na próxima terça-feira (15), em reunião
com o sindicato, uma proposta de atualização do piso salarial do magistério.
Caso não haja acordo entre categoria e administração municipal, a greve pode
ser retomada já na assembleia de quarta (16), avisa Valdir.
"Eles
atenderam a pauta salarial de atualização do piso salarial, de 11,36%. "Na
negociação de ontem, eles apresentaram a proposta de pagar esse percentual de
uma vez só para professores nível M1, com retroativo a janeiro. Para os demais
níveis, ele prometeu escalonar. A gente vai discutir tudo na reunião de terça.
Caso não tenha acordo, nós poderemos voltar a deflagrar greve",
alerta.