Foto: Reprodução |
Uma das figuras que mais
ganhou destaque nas fases recentes da operação Lava Jato é Newton Ishii. Você
pode não conhece-lo pelo nome, mas com certeza sabe quem é o “Japonês da
Federal”.
Ishii
ganhou até marchinha de carnaval por conta de sua atuação na operação. O agente
da Polícia Federal está presente em todas as prisões efetuadas pela Lava Jato
e, por isso, tornou-se símbolo de luta contra a corrupção. Mas nem sempre foi
assim.
Presente
em prisões importantes como as de José Dirceu, Marcelo Odebrecht e João Vaccari
Neto, Ishii já foi ele próprio alvo da PF. Em 2003, o agente foi um dos cinco
presos pela própria Polícia Federal durante a chamada Operação Sucuri.
À
época, Ishii foi preso suspeito de integrar uma organização criminosa acusada
de contrabandear mercadorias do Paraguai. No ano da prisão, o Tribunal Regional
Federal (TRF) ainda negou o pedido de habeas corpus feito pelos agentes.
Segundo
informações da revista Época, ainda por conta desse episódio, Ishii responde
até hoje a processos criminais e civis, além de uma sindicância. A publicação
afirma que sua reintegração à Polícia Federal se deu por conta de confiança da
direção.
Ainda
sobre Ishii, além da prisão em 2003, surgiram fatos citados pelo senador
Delcídio do Amaral (PT-MS) em audio divulgado na última semana. Nas gravações,
o senador teria supostamente afirmado que um agente da PF conhecido como
“japonês bonzinho” venderia informações sigilosas para veículos de comunicação.
Não houve
manifestação nem do agente e nem da corporação sobre tais acusações.