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O presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quinta-feira (31) que o PMDB foi
precipitado na decisão de romper com o governo da presidenta Dilma Rousseff.
Para ele, a atitude de seu partido provocou um efeito cascata negativo.
“Evidente
que isso precipitou reações em todas as órbitas: no PMDB, no governo, nos
partidos da sustentação, nos partidos da oposição, o que significa em outras
palavras, em bom português, que não foi um bom movimento.”
Renan tem posição contrária
à da maioria do partido, assim como alguns ministros que ainda permanecem no
governo. Questionado se, por isso, o partido está desunido, Renan disse que
não. “O PMDB demostrou uma férrea unidade na convenção quando elegeu Michel
Temer em chapa única. De modo que demostrou que pode sim construir, como sempre
construiu, a unidade na diversidade.”
Sobre
como ficaria a relação entre o governo e o PMDB caso o processo de impeachment
não tenha êxito, Renan Calheiros disse que não acredita em um acirramento
maior. “A direção do PMDB fala pelo partido. Não acredito que o PMDB, seja qual
for cenário, vá liderar uma corrente de oposição no parlamento. A maioria
parlamentar está tão difícil e será muito mais difícil ainda se dela se
ausentar o PMDB.”
Questão de ordem
Renan
Calheiros disse ainda que até o fim da próxima semana vai responder a questão
de ordem apresentada pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) que pede que o
presidente do Senado devolva a proposta do Palácio do Planalto que dá status de
ministro a Jaques Wagner.
No
mesmo dia da posse do petista no novo cargo, o governo editou a MP 717/16 que
cria o cargo de ministro-chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República.
O cargo substitui o de chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, que não tinha
o status de ministro.
Fonte: Agência Brasil