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Foto: Divulgação |
Além de Aliel Machado (Rede-PR), o deputado federal
Bebeto Galvão (PSB-BA) foi mais um a contrariar a orientação de seu partido e
anunciar voto contrário ao processo de impeachment que tramita na Câmara dos
Deputados.
Membro da comissão especial
que votou a abertura do processo esta semana, Galvão deu lugar a um suplente na
votação para que não contrariasse sua “consciência democrática”.
“Avaliei que não havia a
tipificação clara do crime [de responsabilidade fiscal]. Ou eu contrariaria a
decisão partidária ou minha consciência democrática”, afirmou em entrevista
publicada pela Folha de S.
Paulo nesta quarta-feira (13).
Ainda que apoie a cassação
da chapa Dilma-Temer e a convocação de eleições gerais, o deputado federal
acredita que o processo de impeachment aberto na Câmara vem com uma “profunda
ausência de dados substantivos” e que, por isso, fará voto contrário no
plenário. “Os contornos políticos desse impedimento, a baixa popularidade,
inflação, desemprego, não constituem crime. Como vou julgar alguém só em função
do conjunto da obra? Minha tendência é votar contra e não há chance de mudar”,
pontuou.
De acordo com Galvão, é
“fora do tom” o PSB apoiar o impeachment da presidenta Dilma sob essas
alegações uma vez que, dos 12 anos de governo petista, sua legenda participou
de 10. “Não podemos negar o que ajudamos a construir de bom ou o que
enfrentamos de ruim”, disse.
Para o parlamentar, o fato
de ter sido o próprio Congresso ter feito a alteração da meta fiscal
inviabiliza-o de tentar criminalizar a presidenta pelas chamadas ‘pedaladas
fiscais’. “Se a Dilma perder o mandato por pedaladas fiscais, cassa todos os
deputados”, afirmou.
Fonte: Portal Forum