Delegado Gustavo Coutinho | Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade |
A feirante Marlene Santos
Peixoto acusada de matar o cunhado queimado durante uma discussão dentro de
casa na Rua Mantiqueira, no bairro Rua Nova, em Feira de Santana, prestou
depoimento na tarde desta quarta-feira (4), no Complexo de Delegacias.
Marla, como a acusada é
conhecida, confessou que após a vítima quebrar seu celular, na noite do dia 25
de abril, foi a um posto de combustível no bairro, comprou um litro de gasolina
e arremessou contra o cunhado ateando fogo contra ele em seguida.
Antônio Teodoro Silva, 27 anos,
teve 70% do corpo queimado, tentou se salvar apagando as chamas
debaixo do chuveiro e foi socorrido pela filha, que acionou o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele foi levado para o Hospital Geral
Clériston Andrade e transferido em estado gravíssimo por volta da 1h da
madrugada para o Hospital Geral do Estado, em Salvador. Ele ficou internado,
mas não resistiu às queimaduras e morreu no dia 30 de abril, cinco dias depois.
Em entrevista ao Acorda
Cidade, o delegado Gustavo Coutinho, titular da Delegacia de Homicídios,
informou que a acusada mora com a irmã e o cunhando há quatro anos e que ela
vai responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
“Ela declarou que residia na
cidade de Iaçu e depois foi morar na casa da irmã no bairro Rua Nova, em Feira,
para conseguir emprego. Disse que durante os quatro anos que morou com a irmã e
o cunhado, Antônio se mostrava sempre agressivo , agredia a irmã dela
verbalmente, os filhos , e consumia bebida alcoólica. Por conta disso sempre
havia brigas e intrigas, até que no dia 25 de abril a irmã de Marla saiu de
casa por causa das ameaças do marido e Antônio entrou na residência e perguntou
a Marla onde estaria a irmã, esposa dele. Como ela não queria dizer o local
onde a irmã estava escondida, Antônio quebrou o celular de Marla e houve uma
discussão dentro da residência. Marla foi a um posto de combustível comprou um
litro de gasolina, retornou ao imóvel e arremessou no corpo de Antônio tocando
fogo logo em seguida”, relatou o delegado Gustavo Coutinho.
Para o delegado, o crime foi
premeditado. Ele informou que inicialmente a acusada vai responder em liberdade
por atender os requisitos (ter trabalho e moradia fixa e ser ré primaria), mas
que até o final do inquérito poderá representar pela prisão preventiva da
mesma.
“ Antes de sair da
residência ela pegou uma caixa de fósforo e colocou no bolso e foi ao posto.
Ela tinha a intenção de matar ou ferir a vítima e não se preocupou com a vida
da vítima. Ela está respondendo por homicídio doloso. Confessou o crime, e
assim que concluímos o inquérito vamos encaminhar para a justiça. Ela estava
muito tranquila e calma na hora do depoimento e disse que estava consciente do
que fez”, disse.
O delegado vai ouvir
testemunhas. Segundo ele, no dia do crime ela se escondeu na casa de outra irmã
e se livrou da prisão em flagrante. A acusada soube que ele foi transferido
para Salvador, mas só ficou sabendo da morte do cunhado um dia depois.
Entenda o caso:
O morador da Rua
Mantiqueira, no bairro Rua Nova, Antônio Teodoro Silva, 56 anos, foi socorrido
para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) vítima de queimadura, por volta
das 22h de quarta-feira (27).
De acordo com o boletim de
ocorrência do hospital, ele foi queimado pela cunhada Marla Gomes, durante uma
discussão na residência dele. Ela teria jogado gasolina no parente e em seguida
ateado fogo, atingido 70% do corpo da vítima.
Segundo a assessoria de
comunicação do HGCA, Antônio Teodoro foi transferido, por volta de 1h da
madrugada desta quinta-feira (28), para o setor de queimados do Hospital Geral
do Estado, em Salvador.
Fonte: Acorda Cidade