São João de Caruaru | Foto: Politiquês |
Por Sérgio Jones
Algum tempo depois de ter eu
denunciado a contratação da cantora Claudia Leite para participar dos festejos
micaretescos de Feira de Santana, em que ela se dispôs a se apresentar na festa
por um cachê de 80 mil reais. E que de forma muito estranha o portal de
transparência da Prefeitura Municipal indicava ter pago, posterior
apresentação, a importância de 240 mil reais. Tal ato impressionou a todos os
cidadãos feirenses, devido ao inexplicável artifício contábil praticado pelos próceres da atual gestão do
desgoverno de ZEROnaldo.
Não demorou muito para que
mais impropriedades fossem verificadas neste setor, tendo desta vez como
cenário o município de Caruaru, Estado de Pernambuco. Considerado o ato como
uma autêntica novela com capítulos intermináveis, que versa sobre o pagamento
de um show do cantor Wesley Safadão, em uma festa de São João ocorrida no
último dia 25, do mês em curso.
Todo o imbróglio aconteceu logo após a justiça ter sido provocada por ação de
parte da população que se posicionara contrária a realização do espetáculo por
conta do alto valor do cachê cobrado de 575 mil reais. Cachê este que seria
pago através de recursos retirados dos cofres públicos.
Houve resistência, por parte
do populacho, com relação a ação adotada pela justiça. Devido a pressão da
maioria dos cidadãos, a decisão foi revogada e o show acabou sendo realizado.
Mas como professa o bom e velho adágio popular baiano, mas que se aplica em qualquer
rincão do vasto território nacional: pense em algo absurdo, no Brasil tem
precedente.
Segundo divulgação feita
pelo ‘Jornal do Comércio’ a menos que a Prefeitura do citado município faça um
novo empenho e efetue o pagamento do artista, que resolveu doar o cachê para a
Fundação de Cultura de Caruaru. Ele não poderá fazer a mesma, pois não recebeu
o tão almejado e cobiçado pagamento.
Importante esclarecer que
tal ação não foi motivada por um ato altruísta, por parte do cantor. Mas como
resposta a atuação de um segmento da população que se opunha a esta farra do
boi com o dinheiro público. Quem fatura, no final, com toda esta barafunda é o
citado artista que passou a ganhar uma projeção midiática, em todo o país.
Resultado de uma ação de cunho meramente demagógico.
Sérgio Jones é Jornalista formado pela FACOM-UFBA |
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