Foto: Divulgação | Bahia no Ar |
A Justiça determinou o
afastamento, por 180 dias, do vice-prefeito de Santo Amaro, Leonardo Araújo
Pacheco Pereira, e o secretário de Administração, Desenvolvimento, Obras e
Serviços, Luís Eduardo Pacheco Alves, acusados de envolvimento em esquema
irregular de contratação de obras, locação de maquinário e realização de
serviços no município. A decisão da juíza Elke Figueiredo Schuster Gordilho,
acatou pedido do Ministério Público do Estado (MP-BA) feito na última
sexta-feira (15).
Os promotores de Justiça João Paulo Schoucair e Aroldo
Almeida Pereira também acionaram ainda os empresários Roberto José Santana e
Paulo Sérgio Vasconcelos e as empresas Grauthec Construtora Ltda, Oliveira
Santana Construções LTDa, Serv Bahia Locações de Máquinas e Equipamentos Ltda,
Real Locação de Veículos Máquinas e Equipamentos Ltda e Ayres Materiais de
Construção Ltda.
De acordo com o MP-BA, os acusados cometeram fraudes em
licitações e “em conluio” causaram uma lesão de mais de R$ 24 milhões aos
cofres públicos. Além do afastamento, a
juíza determinou a indisponibilidade de bens de todos os envolvidos, no limite
indicado.
De acordo com o Bahia Notícias, as investigações em Santo Amaro, no Recôncavo Baiano, tiveram início a partir de visitas in
loco, previstas pelo programa “Saúde + Educação – Transformando o Novo
Milênio”, implementadas nas unidades de ensino pelos promotores de Justiça. A
partir disso, foi descoberta a suposta fraude, que consistia no favorecimento
de um grupo específico de empresas para a compra de materiais e locação de
máquinas, a serem utilizadas na realização de obras prorrogadas indefinidamente
sem justificativas plausíveis. Foram descobertos 20 contratos, firmados entre
2011 e 2015, que se referem desde reformas de escolas à construção de creches e
foi constatado um total de 18 obras inacabadas, cujos valores contratados
estavam incompatíveis com o estágio e a dimensão dos empreendimentos.
Conforme
destacou a juíza, “os fatos são de extrema gravidade, sendo que se tem suposta
prática de condutas não só reprováveis na esfera da Administração pública, como
na esfera criminal”.
Na última quinta-feira (14), o vice-prefeito Leonardo
Pacheco, o secretário de Obras Luís Eduardo Pacheco, o funcionário da pasta,
Diego Sales, e os empresários Roberto Santana e Paulo Vasconcelos foram presos
pela “Operação Adsumus” (veja aqui), deflagrada pelo Ministério Público estadual nos
municípios de Santo Amaro, Lauro de Freitas, Camaçari e Salvador.
Defesa do vice-prefeito impetra habeas corpus no TJ-BA
Com isso, o desembargador Mário Hirs solicitou que o juiz da Vara Crime da Comarca de Santo Amaro, que prendeu os acusados, informe quais motivos e argumentos foram levados em conta para a detenção dos três. Enquanto isso, eles continuam presos no Complexo Penitenciário de Salvador.
Defesa do vice-prefeito impetra habeas corpus no TJ-BA
Os advogados do
vice-prefeito de Santo Amaro, Leonardo Pacheco, do secretário de Obras, Luís
Eduardo Pacheco, e do funcionário da pasta, Diego Sales, impetraram habeas
corpus no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) alegando que seus clientes estão
sendo submetidos a constrangimento ilegal. Os envolvidos foram presos na
última quinta-feira (14) pela “Operação Adsumus”, deflagrada pelo Ministério
Público estadual nos municípios de Santo Amaro, Lauro de Freitas, Camaçari e
Salvador. Eles foram presos por envolvimento em crimes de fraude em licitações,
peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Segundo o Bocão News, a defesa aponta ainda que
não houve fundamentação para a prisão, bem como “descabida a aplicação da
medida cautelar extrema, afirmando-a desnecessária e desproporcional, uma vez
que ausentes os requisitos autorizadores da segregação preventiva”. Segundo os
advogados, os envolvidos são réus primários, possuem bons antecedentes e
residência fixa.
Com isso, o desembargador Mário Hirs solicitou que o juiz da Vara Crime da Comarca de Santo Amaro, que prendeu os acusados, informe quais motivos e argumentos foram levados em conta para a detenção dos três. Enquanto isso, eles continuam presos no Complexo Penitenciário de Salvador.
Na sexta-feira (15), a Justiça negou habeas corpus
do empresário baiano Roberto Santos, conhecido como
Galego, envolvido no caso.