Mulher que matou cunhado queimado por causa de celular é presa na BA

Foto: Joá Souza | A Tarde
A feirante Marlete Santos Peixoto, que confessou ter matado o próprio cunhado queimado após ele ter quebrado o celular dela durante uma discussão na cidade de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, foi presa nesta sexta-feira (5), mais de três meses após o crime. A mulher estava com mandado de prisão em aberto e foi presa quando saía da casa onde mora, na cidade de Iaçu, distante cerca 280 km de Salvador.

Três dias depois do crime, Marlete havia se apresentado à polícia com um advogado e admitiu ter assassinado Antônio Teodoro Silva, que teve 40% do corpo queimado com gasolina e morreu no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, após quatro dias internado.

A mulher alegou que agiu em legítima defesa por ter sido ameaçada pela vítima. Ela não ficou presa na ocasião, segundo a polícia, por ter se apresentado espontaneamente à época, por ser ré primária e por ter contribuído com as investigações.

Após a conclusão do inquérito que apurou o caso, no entanto, a polícia pediu à Justiça a prisão da suspeita, que foi encaminhada nesta sexta para o presídio de Feira de Santana.

Caso:
A discussão entre Marlete e o cunhado, Antônio Teodoro Silva, ocorreu no dia 27 de abril, na casa onde o homem morava com a esposa, que é irmã da suspeita, no bairro Rua Nova, em Feira de Santana. Segundo a polícia, a a feirante morava na mesma residência.

Durante a briga, que segundo a polícia foi motivada porque Marlete não quis dizer ao cunhado onde estava a esposa, que ficou ausente de casa por dois dias, o homem teria quebrado o celular da mulher. Marlete, então, saiu da da residência e foi até um posto de gasolina onde comprou um lito do combustível.

Conforme a políca, a mulher disse ao frentista que usaria a gasolina para colocar em uma moto. Depois, ela voltou para a casa, jogou o líquido no cunhado e, em seguida, acendeu um palito de fósforo e colocou fogo na vítima.

Com o corpo em chamas, Antônio ainda correu para o banheiro e ligou o chuveiro, mas de acordo com a polícia, teve quase metade do corpo lesionado por queimaduras de segundo grau. Após o crime, Marlene fugiu do local.

Uma das três filhas do homem o socorreu e acionou uma ambulância do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que encaminhou a vítima para o Hospital Clériston Andrade. Antônio ficou um dia na unidade médica e, como o quadro de saúde piorou, foi transferido para o Hospital Geral da Bahia (HGE), em Salvador, onde morreu.

Fonte: G1
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