Foto: divulgação | Blog do Marcos Frahm |
Por
unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta
terça-feira (02/07) pedido da defesa para soltar o ex-deputado federal Luiz Argôlo,
condenado a 11 anos de prisão pelo juiz Sérgio Moro. Argôlo está preso desde
abril do ano passado no Complexo Médico-Penal em Pinhais, região metropolitana
de Curitiba.
No julgamento, o relator da Lava Jato, ministro Teori Zavascki,
disse que as investigações mostraram que o ex-parlamentar recebeu pagamentos do
doleiro Alberto Yousseff até os dias que antecederam sua prisão preventiva.
Dessa forma, segundo o ministro, a soltura de Argôlo traria riscos à
investigação.
O voto do relator foi seguido pelos ministros Dias Toffoli,
Cármen Lúcia, Celso de Mello e o presidente da Turma, Gilmar Mendes. Argôlo foi
o terceiro político condenado no âmbito da Lava Jato.
Nas investigações, o
ex-parlamentar foi acusado de receber R$ 1,4 milhão de propina do esquema de
corrupção investigado na operação.
Segundo a Agência Brasil, a defesa alegou
que a prisão preventiva pode ser substituída por medidas cautelares, porque a
sentença já foi proferida e não há como o ex-deputado influir nas
investigações. Os advogados também afirmaram, durante o julgamento, que o
doleiro Alberto Youssef, um dos delatores da Lava Jato, afirmou nunca ter
repassado propina para Argôlo.