Imagem: Ilustrativa | Assessoria Juridica |
Por Sérgio Jones
O empobrecimento da classe trabalhadora no país se deve a dois fatores econômicos importantes, sendo um deles, o segmento religioso, esquecido pelos nossos analistas econômicos, ou seria de Bagé? O binômio político e religioso é o que mais afeta financeiramente a classe operária. Enquanto a classe política manipula os fatos através de discursos loquazes e midiático recheados de uma retórica vazia e carente de conteúdo. Prometendo o paraíso na terra, realidade que nunca se materializa, enquanto o povo continua em sua romaria litúrgica ofertada pela mentira capitalista.
Os religiosos, não todos, os neopentecostais em especial se utilizam do tráfico do nome de Deus para se locupletarem financeiramente, tendo como vantagem o fato de que estes, ao contrário da prática deletéria adotada pelos profissionais da política. Oferecem o paraíso não na terra, mas no céu. Este grupo que se intitula de religiosos causam estragos sociais em toda a sociedade brasileira, estragos que se assemelha aos causados pela Igreja Católica na Idade Média, na Europa. Apenas faço uma ressalva, que eles ainda não dispõem de uma espécie de Santo Ofício. O que lhes impede literalmente de encaminhar os “ímpios” à fogueira Santa.
As igrejas neopentecostais revelam-se, entre as pentecostais, as mais inclinadas a acomodarem-se à sociedade abrangente e a seus valores, interesses e práticas. Daí seus cultos basearem-se na oferta especializada de serviços mágico-religiosos, de cunho terapêutico e taumatúrgico, centrados em promessas de concessão divina de prosperidade material, cura física e emocional e de resolução de problemas familiares, afetivos, amorosos e de sociabilidade. Com esta estratégia atraem e convertem majoritariamente indivíduos dos estratos pobres da população, muitos deles carentes e em crise pessoal, geralmente mais vulneráveis a esse tipo de prédica.
Quanto ao nível de produtividade da classe trabalhadora, este é baixo. Com fortes reflexos da praxes do modelo político instituído no Brasil, o que resulta que um trabalhador brasileiro produza, em média, somente um quarto do que produz um trabalhador americano.
Esta baixa produtividade, do um ponto de vista meramente contábil pode ser explicada por três fatores:
1) nossos trabalhadores são menos educados e menos qualificados (isto é, possuem um menor "capital humano");
2) esses trabalhadores têm a seu dispor menos máquinas, equipamentos, estruturas e infraestrutura (isto é, possuem menos "capital físico"); e
3) a ineficiência da economia é tal que trabalhadores com mesmo capital humano e físico que trabalhadores em países avançados produzem menos que estes últimos (isto é, a eficiência produtiva –a "produtividade total dos fatores", no jargão dos economistas– é baixa).
Sergio Jones é Jornalista formado pela FACOM-UFBA |
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