Foto: Divulgação | Istoé |
Por Sérgio Jones
É trágico se não fosse cômico, sob a batuta que rege a orquestra desafinada que propaga o modelo da democracia americana como exemplo para o mundo, este tem apresentado a sua fragilidade e seu cabotinismo conceitual ao dar continuidade na construção do muro na fronteira existente entre os Estados Unidos e o México. Ao longo da história são inenarráveis os crimes perpetrados por esta potencia belicista principalmente contra a nação mexicana. O saldo do final da guerra entre o México com o império Anglo-saxônico resultou negativo para o primeiro e atendou a expansão dos Estados Unidos. Ao final da guerra, México foi obrigado a ceder grandes regiões do norte: os estados da Califórnia, Nevada, Texas e Utah. De Novo México (antes da Compra de Gadsden e áreas dos Estados de Arizona, Clorado e Wyoming).
Mais uma vez fica evidenciado que o primo pobre deste conflito arca com os prejuízos. Como não se bastasse todas estas mazelas imposta pelo império yankee, milhares de cidadãos mexicanos têm suas vidas ceifadas durante a tentativa de cruzar a fronteira para o lado americano. Não importando a sua condição de serem pessoas idosas, mulheres gestantes, ou até mesmo crianças. Ninguém fica imune às atrocidades orquestradas pelos carrascos do sistema conhecidos como Texas Ranger Division.
Só para que se possa ter uma pálida ideia dos crimes ocorridos na fronteira. O mais crível é que este é mesmo governo que criticou a construção do muro que separava Berlim Ocidental da Alemanha Oriental Comunista. Construção que ficou conhecido como “O Muro da Vergonha”. Ao longo de sua existência, segundo levantamento feito pelo museu alemão Charlie Checkpoint foram assassinados aproximadamente 483 pessoas. O que em termos estatísticos representa um ínfimo percentual se comparado com as pessoas que foram e continua sendo assassinadas na tentativa de cruzar esta fronteira, existentes entre estes dois países setentrionais.
Sergio Jones é Jornalista formado pela FACOM-UFBA |
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