Alexandre de Moraes e Lobão na sabatina da CCJ do Senado | Foto: Brasil 247 |
Por Sérgio Jones
Quanto sofisma, tempo perdido e gasto do dinheiro público sem uma contra partida efetiva para os interesses sociais. A jactância, a verborragia campeia entre os políticos brasileiros que se especializaram em mentir, tergiversar objetivando criar uma nuvem de fumaça em torno de suas ações antiéticas e criminosas. O povo, como sempre, tudo assiste e se sente impotente diante de tanto cinismo. Com 19 votos a favor e 7 contrários, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou a indicação de Alexandre de Moraes para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. A votação se deu na noite desta terça-feira (21), após 12 horas de sabatina. A sensação e a certeza que temos é que toda esta ação burlesca apenas visa legalizar o ilícito. Agora a decisão final partiu para o Plenário do Senado, nesta quarta-feira (22), onde o circo, mais uma vez, foi montado, em sessão agendada às 11h. Onde teve como espectador passivo o povo que eles, políticos, tão habilmente manipulam com o apoio de parte de uma mídia golpista e comprometida com os interesses, nem sempre legítimos de uma casta de plutocratas.
O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (22), por 55 votos a 13, a indicação de Alexandre de Moraes para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Dos 81 senadores, 13 não votaram.
A tão propalada sabatina nada mais foi do que uma espécie de tertúlia, onde prevalecem os interesses, nem sempre legais e confessáveis, desta casta de mafiosos que tomaram conta da orquestra chamada Brasil. O comando e a regência da mesma ficam sob o controle da batuta do presidente golpista Michel Temer. Quanto aos músicos, estes não passam de lacaios do sistema político putrefato que se espalhou como erva daninha, por toda a nação, e que deve ser erradicada com urgência. A prática do nepotismo ganha espaço nesta ópera bufa. O Moraes também minimizou o fato de ter declarado ao Senado não ter parentes que exerçam ou que tenham exercido atividades vinculadas à atividade profissional dele. O escritório da família Moraes tem ações em andamento no STF. A mulher de Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, é uma das advogadas responsáveis pelos processos.
A tão propalada sabatina nada mais foi do que uma espécie de tertúlia, onde prevalecem os interesses, nem sempre legais e confessáveis, desta casta de mafiosos que tomaram conta da orquestra chamada Brasil. O comando e a regência da mesma ficam sob o controle da batuta do presidente golpista Michel Temer. Quanto aos músicos, estes não passam de lacaios do sistema político putrefato que se espalhou como erva daninha, por toda a nação, e que deve ser erradicada com urgência. A prática do nepotismo ganha espaço nesta ópera bufa. O Moraes também minimizou o fato de ter declarado ao Senado não ter parentes que exerçam ou que tenham exercido atividades vinculadas à atividade profissional dele. O escritório da família Moraes tem ações em andamento no STF. A mulher de Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, é uma das advogadas responsáveis pelos processos.
Quanto a sua formação intelectual, o meliante é acusado de ter praticado plágio, segundo denúncia divulgada na imprensa, de que um livro de direito publicado por ele reproduz, sem citar a fonte, trechos idênticos ao de uma obra do jurista espanhol Francisco Rubio Llorente, que compila decisões do tribunal constitucional daquele país. Outro aspecto que é questionado e põe em cheque a veracidade dos fatos é a sua tese de doutorado na qual critica a indicação de ocupantes de cargos públicos à condição de ministro do Supremo Tribunal Federal. Ele explicou que na verdade apresentou vários modelos de indicações defendidos por diferentes juristas, de diversos países. O sabatinado afirmou que não vê nenhuma incoerência, nenhuma incompatibilidade entre defender uma alteração no modelo brasileiro de nomeação do STF e sua indicação para o cargo. A pérola da coroa é o conceito no qual defende como combate, dentre outras medidas, a corrupção: ”A prerrogativa de foro especial para algumas autoridades não é, em si, um problema, mas o que precisa ser analisado é a abrangência do privilégio, o número de inquéritos e a estrutura”. Buemba, buemba, este é o país da piada pronta.
Sérgio Jones é jornalista formado pela FACOM-UFBA
*As opinões emitidas em artigos assinados no site Diário da Notícia é de inteira e única responsabilidade dos seus autores.