Foto: Diário do Centro do Mundo |
Por: Sérgio Jones
Ao longo da triste e bizarra história brasileira já se tornou comum à elite política e seus sequazes vilipendiarem a nação ao promoverem rapinagem nos cofres públicos. Enquanto a conta a ser paga é transferida para o trabalhador. Estes se tornam avalistas de toda esta esbórnia e canalhice perpetradas por um Estado burguês gerenciado por uma corja de cleptocratas que cometem os mais vis crimes, na certeza da impunidade.
Mesmo diante deste estado de letargia, o povo continua na sua imobilidade social esperando o que Jesus prometeu. Enquanto a nação continua deitada, placidamente, em berço esplêndido. O assunto tem se sobressaído no cenário político nos últimos meses porque o governo do golpista, interino, de Michel Temer vem defendendo mudanças no regime. Entre outras coisas o Planalto objetiva aumentar a idade mínima para aposentadoria, sob a argumentação de que a Previdência amargaria atualmente um rombo de R$ 146 bilhões.
Ninguém, com o mínimo de bom senso, ignora o fato de que o discurso governista procura dar uma sustentação a interesses escusos. O IBGE divulgou recentemente pesquisa mostrando que a expectativa de vida média do povo brasileiro é de 70 anos, ou seja, aumentando a idade mínima possível para a aposentadoria, as pessoas vão morrer trabalhando, sem poderem se aposentar nunca.
De acordo com cartilha elaborada e divulgada no mês passado pela associação Nacional dos Fiscais da Previdência (ANFIP), classifica os dados apresentados pelo governo sobre a Previdência como uma “falácia". Enquanto o governo Temer sustenta a existência de um rombo de R$ 146 bilhões, os especialistas afirmam que, em 2014, por exemplo, teria havido superávit de R$ 53 bilhões.
Segundo ainda denuncia este mesmo órgão, os governos ao longo do tempo, têm demonstrado cálculo de déficit porque consideram apenas parte das contribuições sociais, incluindo somente a arrecadação previdenciária direta urbana e rural, excluindo outras fortes importantes, como o Cofins, o Pis-Pasep, entre outras, além de ignorar as renúncias fiscais.
*Sérgio Jones é jornalista formado pela FACOM-UFBA