Foto: Socialista Morena |
Por Sérgio Jones
O que está por trás de todo este ódio e insanidade incutida entre os capitalistas com relação ao modelo político comunista, ao que parece são os interesses em continuar explorando de forma selvagem e concentrado riquezas nas mãos de poucos em detrimento de muitos. Senão, como explicar que apenas oito biliardários concentre uma riqueza que supera toda a riqueza distribuída por mais da metade da população mundial, que é superior a mais três milhões e meio de pessoas?
O modelo do sistema capitalista por definição é baseado na legitimidade dos bens privados e na irrestrita liberdade de comércio e indústria, tendo como único objetivo a busca pelo lucro. Enquanto o modelo do sistema comunista é calcado em uma organização socioeconômico baseado na propriedade coletiva dos meios de produção que tem como fim o bem estar social de todos. Diferentemente do capitalismo, a prioridade é o social e não o lucro. Embora a sua práxis tenha sido equivocada quando se tentou materializar este modelo na vida diária de alguns povos. Não me cabe, nem esta é a minha pretensão, neste reduzido espaço analisar as conjunturas econômicas burguesas que se articularam e tudo fizeram para destruir uma experiência que poderia modificar, de forma mais humana, a relação de poder e distribuição de riqueza de uma forma mais justa em todo o planeta.
Detentores dos meios de comunicação e das mais importantes instituições existentes nos países em que prevalece o sistema capitalista, eles tudo fazem para demonizar o modelo do sistema comunista e desmerecer os seus conceitos. O objetivo é continuarem mantendo a concentração de renda e seus mesquinhos privilégios. Não importando as consequências que tais atos gerem e coloquem na indigência social milhões e até mesmo bilhões de seres humanos. Tudo isto é praticado de forma consciente, roubos, trapaças... Todos estes meios são válidos e justificáveis desde que atenda a ganância e os interesses de reduzido grupos de parasitas sociais.
Se apossando do bem comum, os capitalistas privam o ser humano de sua dignidade. Uma sociedade pautada nestes “valores” que não admite concessões, que concentra riquezas nas mãos de poucos, em detrimentos de muitos, é uma sociedade que padece de uma doença que se encontra em estado terminal. Que atenta contra os mais elementares direitos do ser humano ao condená-lo ao sofrimento e a humilhação eterna. O mais deprimente é que mesmo diante de tais contestações, a todo instante, nos deparamos com pessoas que se consideram humanitárias, religiosas, filósofas e intelectuais. Estes cinicamente se arvoram de forma despudorada em defender o modelo capitalista, além de considerá-lo como um sistema justo. Muitos deles chegam ao paroxismo de apresentá-lo como o ideário da redenção humana. Tais conceitos me induzem a considerar, em alguns momentos de reflexão, que o ser humano foi uma experiência que não deu certo.
Sérgio Jones é jornalista formado pela FACOM-UFBA
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