Imagem: Ilustrativa | Eduard Wiiralt |
Por Sérgio Jones
A priori o Congresso Brasileiro é definido classicamente como órgão constitucional que exerce, no âmbito federal, as funções do poder legislativo, quais sejam elaborar/aprovar leis e fiscalizar o Estado brasileiro (suas duas funções típicas), bem como administrar e julgar (funções atípicas). O Congresso é bicameral, logo composto por duas Casas: o Senado Federal (integrado por 81 senadores, que representam as 27 unidades federativas (26 estados e o Distrito Federal) e a Câmara dos Deputados (integrada por 513 deputados federais, que representam o povo). O sistema bicameral foi adotado em razão da forma de Estado instalada no País (federado), buscando equilibrar o peso político das unidades federativas.
Na prática o que fica evidenciado é a existência do elevado nível de promiscuidade da classe política brasileira, respeitando as raras exceções. O Congresso está menos prestigiado do que a Casa da Luz Vermelha. Esta, em contrapartida, oferece aos clientes e frequentadores um maior custo benefício para a satisfação e o deleite de todos os assíduos ou não frequentadores.
Enquanto o Congresso se coloca na condição similar das teúdas e manteúdas sustentada financeiramente pelo povo, na forma de amante que usa seu poder, e de todo tipo de sortilégios, tendo como finalidade seduzir, enfeitiçar e encantar o inconsciente coletivo, através do uso de atributos naturais ou artificiais. Em uma farra eterna e dantesca que promove a alegria de poucos em detrimento do sofrimento de muitos.
A existência deste Lupanário Político nada mais representa do que o modelo e os interesses de uma democracia relativa. Cada vez mais dá as costas para a sociedade que chafurda na indigência social a mercê das mazelas que tanto tem contribuído para aviltar a vida de todos os meros mortais que habitam este país tropical, abençoado por Deus e vilipendiado por uma casta de cleptocratas dos podres poderes (Acta est fabula).
# Sérgio Jones é jornalista formado pela FACOM-UFBA
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