Foto: Pragmatismo Político |
Por Sérgio Jones
Mais uma vez a grita por parte do governo golpista de Michel Temer sobre a necessidade de adotar novos ajustes econômicos em que imolam e martirizam no altar do sacrifício a população. Prática que já se tornou velho conhecida do povo brasileiro, volta a ocupar através da grande mídia, o nosso cotidiano. O país continua sob o controle de um Estado que insiste em ignorar os órgãos de representação da sociedade, bem como de setores organizados da nação.
Aplica golpes brutais que atingem a todos de forma indistinta. As questões das medidas adotadas por este arremedo de governo só favorecem as elites financeiras de sempre, abrindo amplos espaços para a desnacionalização da nossa economia capenga, em uma escala nunca antes registradas nos anais de nossa triste história. Não podemos descartar a importância de se travar duro combate contra a inflação, sonegação e a corrupção e buscar sempre a normalização das atividades do setor público. Tudo deve ser feito neste sentido, mas em paralelo com programas que contemple o desenvolvimento associado ao incremento da produção, e o mais importante, com a participação dos segmentos da sociedade organizada.
De resto, sabemos que sem a introdução de reformas básica profundas, sem produção de empregos, salários dignos, o desenvolvimento brasileiro será sempre capenga. O país e, por extensão, o seu povo estão cansados dessa estratégia fascistas de autoritarismo e falso moralismo, o que seguramente suas forças conservadoras acabarão se impondo e acelerando os desvios sociais deste ‘novo’ governo em nome de uma pretensa democracia e justiça social que atualmente nos é negada.
O atual governo agigantou-se como máquinas arrecadadoras, e não diria aos poucos, mas de forma acelerada destruindo as conquistas da classe trabalhadora, bem como se negando em distribuir os recursos para promover o pleno desenvolvimento geral da sociedade.
Na prática, as coisas não vêm acontecendo com a precisão apregoada por seus áulicos, economistas, cientistas sociais, comunicadores, políticos e aliados. O Estado necessita de mais dinheiro, além de continuar tropeçando na complexidade e dinamismo do setor que tem seus instrumentos de defesa. O que resulta na existência e manutenção de um aparelho estatal autofágico e frustrando com certo êxito, os simpáticos objetivos do poder, que nunca consegue ampliar de forma satisfatória a circulação da riqueza cada vez mais concentrada em um reduzido e seleto grupo de privilegiados. Para o completo desespero de uma grande maioria que continua sendo penalizada e obrigada a conviver às margens da tão propalada conquista de modelo econômico capitalista.
Eis o legado deixado, ao longo de décadas, para o povo que reluta e teima em defender e afagar a mão e o chicote que flagelam a sua existência de sofrimento e penúria. Todo este mal é perpetrado por uma equipe de governo composta por elementos amadores, aprendizes e presunçosos.
Sérgio Jones é jornalista formado pela FACOM-UFBA