Foto: Ney Silva | Acorda Cidade |
O II Encontro dos Orixás reuniu, neste final de semana, pessoas de religiões de matrizes africanas, no Centro de Cultura Amélio Amorim, com uma ampla programação. A coordenadora do encontro, Carmen Silva, explicou que o objetivo era reunir pessoas de santos e adeptos para fomentar e dar mais visibilidade a essas religiões.
“Precisamos que as pessoas nos respeitem, e o II Encontro dos Orixás veio desmistificar muitas coisas que acham que a religião é, mas que não é. A religião de matriz africana é muito bonita, matriarcal, que respeita o outro, que abre portas para quem quer participar. E o evento foi voltado também para informação sobre o axé”, afirmou Cármen Silva.
Discriminação
A coordenadora do II Encontro dos Orixás falou ainda sobre a questão do preconceito que os fieis da religião de matriz africana continuam enfrentando no Brasil.
“A discriminação ainda é gritante. Quando você chega em um ambiente com sua conta ou em um dia de sexta-feira andar todo de branco, você ainda recebe um ‘olhar atravessado’. As pessoas podem não falar na sua frente, mas depois comentam olha ali um macumbeiro. Mas nós temos o direito à religião e se vestir de acordo com sua fé”, declarou.
O II Encontro dos Orixás foi encerrado neste sábado (8) com o espetáculo ‘Lavagem do Bonfim’, dirigido por José Guedes, e com a exibição do documentário ‘Vivências: sacerdotisas e sacerdotes das religiões afro-brasileiras no Portal do Sertão, dirigido pelo cineasta Kaua Cerqueira. Informações do Acorda Cidade.