'Tinha esperança de salvar', diz socorrista que tentou reanimar bebê de 6 meses após lancha virar na Bahia

Foto: Xando Pereira/Agência A Tarde/Estadão Conteúdo
“Eu tinha a esperança de salvar [o bebê de 6 meses], porque é um acidente diferente, é na água, então, a chance de sobrevida era maior. A gente fica com o sentimento de, não é de derrota, mas triste, porque é uma vida que se vai". Esse é o relato de Jaeliton Assis, socorrista do Samu que protagonizou uma das cenas mais comoventes registradas durante o socorro às vítimas da tragédia que deixou, ao menos, 18 pessoas mortas após uma embarcação virar em Mar Grande, município de Vera Cruz, na região metropolitana de Salvador.

Nas imagens, Jaeliton aparece tentando reanimar o pequeno Davi Gabriel Monteiro ainda dentro de uma lancha. Depois, ele aparece correndo com a criança nos braços para fazer mais uma tetativa de salvar a vida da vítima, desta vez em uma ambulância, com a ajuda de outros colegas.

Jaeliton, que tem 51 anos e trabalha como socorrista há 35 anos. Há 12 ele atua no Samu. Para ele, o trabalho de resgate às vítimas do acidente com a embarcação foi diferente de muitos que já participou.

"Eu tenho três filhas. Nessa hora vem na nossa mente que poderia ser um mebro da nossa família", disse.

O caso aconteceu na manhã de quinta-feira (24), na Baía de Todos os Santos, pouco depois da lancha Cavalo Marinho I deixar o Terminal Marítimo de Mar Grande, com destino a Salvador.

O bebê Davi Gabriel foi enterrado na manhã desta sexta-feira (25), em Mar Grande, sob forte comoção. A criança viajava com a mãe, a irmã, de 5 anos, e avó, que sobreviveram ao acidente. Informações do G1.
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